
A apresentadora Tati Machado, de 33 anos, comunicou nesta terça-feira (13) a perda de seu primeiro filho, Rael, fruto do relacionamento com o diretor de fotografia Bruno Monteiro. A notícia comoveu o público e surpreendeu pela fase avançada da gestação. Tati estava com oito meses de gravidez quando notou a ausência de movimentos do bebê. Ao procurar atendimento médico, foi constatado que a criança já não apresentava batimentos cardíacos.
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De acordo com a nota oficial divulgada por sua equipe, a jornalista foi internada imediatamente após notar a falta de movimentação fetal. “Diante da situação, Tati precisou ar pelo trabalho de parto, um processo cercado de amor, coragem e profunda dor. Após o procedimento, ela se encontra estável e sob cuidados”, diz o comunicado.
GRAVIDEZ SAUDÁVEL ATÉ A RETA FINAL
A perda gestacional em estágio tão avançado é rara e levanta questionamentos, especialmente entre mães e futuras mães que se preocupam com os riscos de complicações mesmo após um pré-natal aparentemente tranquilo. No caso de Tati, a equipe confirmou que a gravidez transcorria normalmente e sem intercorrências até então.
O QUE PODE CAUSAR A MORTE FETAL TARDIA
A ginecologista obstetra Karla Mazzini, CEO da Clínica Aphetus Tocantins, conversou com a coluna Gente, da revista Veja, e explicou os possíveis fatores que podem levar a uma perda fetal mesmo em gestação de baixo risco e acompanhada adequadamente. “São eventos raros, mas extremamente dolorosos”, declarou.
A médica ressaltou que, mesmo com o pré-natal em dia, que geralmente inclui pelo menos seis consultas médicas, exames laboratoriais e ultrassonografias de rotina, há condições que podem se desenvolver de forma silenciosa ou abrupta. “Mesmo com um pré-natal considerado adequado, que inclui pelo menos seis consultas médicas ao longo da gestação, além de exames laboratoriais e de ultrassonografia regulares, algumas complicações podem surgir de forma silenciosa ou repentina, levando a desfechos trágicos”, explicou.
PLACENTA E OXIGENAÇÃO PODEM SER COMPROMETIDAS
Entre as causas mais comuns apontadas por especialistas estão as alterações na placenta, que é responsável por nutrir e oxigenar o bebê durante a gestação. Problemas como descolamento prematuro da placenta ou insuficiência placentária comprometem esse fornecimento essencial. “Podem ser assintomáticas e se instalar rapidamente”, afirmou Mazzini.
Essas alterações podem ocorrer sem sinais evidentes, o que torna a vigilância obstétrica constante ainda mais importante, especialmente nas semanas finais da gestação. Em alguns casos, mesmo exames recentes podem não detectar alterações súbitas na função placentária.
PRÉ-ECLÂMPSIA, DIABETES E TROMBOFILIAS
Outra condição que pode estar associada a perdas fetais é a pré-eclâmpsia, uma doença hipertensiva que atinge algumas gestantes e tem potencial de afetar diretamente a saúde tanto da mãe quanto do bebê. “Doenças hipertensivas da gestação, como a pré-eclâmpsia, que afetam diretamente a saúde placentária e fetal, diabetes gestacional não controlado, que pode levar a alterações no crescimento e bem-estar do bebê, e as trombofilias, que merecem atenção especial”, alertou a médica.
A diabetes gestacional, quando não bem controlada, também pode contribuir para complicações fetais graves, incluindo o comprometimento do bem-estar do bebê dentro do útero.
Já as trombofilias, distúrbios que aumentam o risco de formação de coágulos sanguíneos, também estão entre os fatores de risco. Muitas vezes, elas são hereditárias e não são descobertas até que algum evento mais sério, como um aborto espontâneo ou perda fetal, ocorra.
FALTA DE MOVIMENTOS FETAIS É SINAL DE ALERTA
A fase final da gravidez é geralmente marcada por expectativas positivas e preparativos para a chegada do bebê. Por isso, situações como a de Tati Machado causam grande comoção pública e entre profissionais da área da saúde. A dor da perda, mesmo com todo o acompanhamento médico, lembra que há fatores fora do controle das gestantes e dos especialistas.
O caso também chama a atenção para a importância de ouvir os sinais do próprio corpo. Tati percebeu que o bebê não estava mais se mexendo, um dos principais alertas para possíveis complicações. A movimentação fetal é um indicativo importante da vitalidade do feto. Alterações nesse padrão, especialmente após a 28ª semana, devem ser comunicadas imediatamente ao obstetra.
Muitas maternidades e profissionais recomendam que as mães façam um controle da movimentação fetal a partir do terceiro trimestre, observando principalmente os horários em que o bebê costuma estar mais ativo. Uma queda brusca ou ausência de movimentos pode ser sinal de alerta.
A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO EMOCIONAL
Ainda que não haja como prever todos os riscos, o caso reforça a importância de um pré-natal cuidadoso, com exames específicos quando há fatores de risco identificáveis. A medicina moderna permite um acompanhamento detalhado, mas há situações que escapam aos exames convencionais e surgem de forma inesperada.
Por enquanto, a família de Tati Machado está recolhida. A apresentadora, que costuma compartilhar momentos de sua vida pessoal nas redes sociais e nas participações na Globo, recebeu mensagens de apoio de fãs, colegas de trabalho e de diversas figuras públicas.
O luto gestacional, embora menos debatido que outros tipos de perda, é profundo e exige acolhimento. Muitos pais relatam sentimentos de vazio, dor e até isolamento após esse tipo de tragédia, especialmente em uma fase da gravidez em que o vínculo com o bebê já está consolidado.
EXAMES PODEM AJUDAR A ENTENDER OCORRIDO
Casos como esse também jogam luz sobre a necessidade de e psicológico especializado para famílias que am por esse tipo de perda. O acompanhamento emocional é parte fundamental do processo de recuperação, tanto para as mães quanto para os pais.
Tati, que precisou ar por todo o processo de parto mesmo após a constatação da morte fetal, enfrentou um dos momentos mais delicados da maternidade. A equipe que a acompanha descreveu esse momento como “cercado de amor, coragem e profunda dor”.
Ainda não foram divulgados mais detalhes sobre a causa específica da morte de Rael ou se serão feitos exames complementares. Em muitos casos, a análise da placenta, do cordão umbilical e do feto pode ajudar a esclarecer o que aconteceu.
ALERTA PARA AS GESTANTES
A comoção pública em torno do caso serve também como alerta sobre a complexidade da gestação e a importância da informação. Embora raros, casos de morte fetal tardia exigem atenção e acolhimento, além de maior compreensão sobre os limites do acompanhamento pré-natal.