Saúde

Saúde cria comitê de emergência contra derramamento de óleo no litoral brasileiro

A criação desse comitê tem como objetivo principal organizar as ações do SUS em situação de desastre

Saúde cria comitê de emergência contra derramamento de óleo no litoral brasileiro Saúde cria comitê de emergência contra derramamento de óleo no litoral brasileiro Saúde cria comitê de emergência contra derramamento de óleo no litoral brasileiro Saúde cria comitê de emergência contra derramamento de óleo no litoral brasileiro
Foto: Reprodução/TV Vitória

Diante da preocupação com a possibilidade de chegada das manchas de óleo ao litoral do Espírito Santo, a Secretaria da Saúde (Sesa) criou o Comitê Operativo de Emergência (COE), que tem como objetivo preparar ações preventivas e mitigadoras para a possível chegada do óleo que atingiu o litoral do nordeste, no Espírito Santo.

O Comitê é formado por setores específicos da Gerência de Vigilância em Saúde (GEVS) como Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), o Núcleo Especial de Vigilância Ambiental (NEVA), Vigilância da Saúde do Trabalhador e Centro de Atendimento Toxicológico do Espírito Santo (Toxcen), além da assistência do setor de Urgência e Emergência.

Na Sesa, a coordenação do COE é de Gilton Almada, coordenador do CIEVS. Já a coordenação geral do COE é realizado pela Marinha do Brasil, Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Espírito Santo (CEPDEC).

De acordo com Almada, a criação desse comitê tem como objetivo principal organizar as ações do SUS em situação de desastre. Mas, destacou, não há situação de desastre no Espírito Santo e sim uma situação em potencial. “Esse comitê organiza quais as competências das áreas da Saúde, e também quais questões são de responsabilidade do Estado e quais são dos municípios”, disse.

Ele disse ainda que uma das medidas de precaução é sensibilizar e orientar a população sobre os riscos à saúde de exposição aos resíduos do petróleo cru. “Foi elaborada uma nota técnica orientando os profissionais de saúde sobre como atender as pessoas que tiverem contato com o óleo e também os cuidados de proteção individual que devem ser adotados por esses profissionais”, explicou.

Almada afirmou ainda que o Espírito Santo já está preparado com aproximadamente 400 profissionais capacitados da Defesa Civil, Marinha e Exército para a realização do recolhimento desse material caso seja necessário. Ele destaca que não será necessário a ajuda voluntária da população, para evitar que haja casos de intoxicação por inalação, contato com a pele ou ingestão. “Orientamos a população a não entrar em contato com o óleo. O Espírito Santo tem cerca de 400 profissionais capacitados para fazer o recolhimento desse material nas praias, por isso não há necessidade de voluntários”, destacou.

Na quinta-feira (07), o Colegiado de Secretários Municipais do Espírito Santo (COSEMS/ES) realizou, no auditório da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (ETSUS), em Vitória, sua 7ª Assembleia Geral Ordinária. Entre outros assuntos da pauta, o grupo debateu o derramamento de óleo no litoral brasileiro. Participaram da reunião gestores municipais, apoiadores, representantes das câmaras técnicas e da Secretaria da Saúde (Sesa), incluindo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.

Recomendações à população

– Não entrar em contato direto com a substância (petróleo), especialmente crianças e gestantes;

– Evitar contato com a água e o solo nas regiões atingidas;

– Seguir as orientações dos órgãos de meio ambiente sobre atividades recreacionais e de pesca nas regiões afetadas;

– Em caso de exposição ou aparecimento de sintomas, contatar o Toxcen pelo telefone 0800-2839904, e procurar atendimento médico. O atendimento é 24 horas.

– Seguir as orientações da Vigilância Sanitária para consumo de peixes e frutos do mar nas regiões afetadas.

Recomendações aos profissionais de saúde

Aos profissionais de saúde recomenda-se atenção aos sinais e sintomas característicos de intoxicação aguda. Ressalta-se que os casos suspeitos e confirmados (em trabalhadores) de intoxicação exógena devem ser notificados na respectiva ficha do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN).

Em caso de dúvidas, recomenda-se consultar o documento “Instruções para preenchimento da Ficha de Investigação de Intoxicação Exógena no Sinan”, e consultar o Toxcen.

Por: Sesa