Saúde

Planos de saúde ressarciram R$365 milhões ao SUS no primeiro semestre

Conforme Lei, as operadoras de planos de saúde devem ressarcir ao SUS quando seus usuários são atendidos em hospitais públicos

Planos de saúde ressarciram R$365 milhões ao SUS no primeiro semestre Planos de saúde ressarciram R$365 milhões ao SUS no primeiro semestre Planos de saúde ressarciram R$365 milhões ao SUS no primeiro semestre Planos de saúde ressarciram R$365 milhões ao SUS no primeiro semestre
Foto: Reprodução
Boletim tem como finalidade trazer transparência sobre os dados e gastos com a saúde. 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou na quinta-feira (22) a sexta edição do Boletim Informativo do Ressarcimento ao SUS. De acordo com a publicação, foram reados R$ 365,13 milhões no primeiro semestre de 2018.

Conforme a Lei Federal 9.656/1998, operadoras de planos de saúde devem ressarcir ao SUS quando seus usuários são atendidos em hospitais públicos. Essa obrigação chegou a ser contestada pela Confederação Nacional de Saúde (CNS), entidade que representa hospitais particulares. No entanto, em fevereiro desse ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a validade da lei.

Cabe à ANS cruzar os registros do sistema do SUS e cobrar das operadoras os valores dos procedimentos médicos. O Boletim Informativo do Ressarcimento ao SUS é publicado com a finalidade de trazer transparência sobre os dados. A edição divulgada na quinta-feira (22) traz informações relativas ao período entre janeiro e junho deste ano.

O valor arrecadado das operadoras no primeiro semestre de 2018 representa mais de 62% do total reado ao longo de 2017, quando foi registrado o maior ressarcimento anual. Os dados sugerem que, ao final desse ano, um novo recorde será alcançado.

Desde que foi criada em 2000, a ANS já cobrou das operadoras de planos de saúde cerca de R$ 3,74 bilhões, que equivalem a aproximadamente 2,5 milhões de atendimentos realizados no SUS. Cerca de 65% desse valor já foi recolhido e encaminhado ao Fundo Nacional de Saúde, conforme determina a Lei. Do restante, R$ 292,46 milhões estão com a cobrança suspensa por decisão judicial e R$ 1,01 bilhão são débitos vencidos e não pagos, dos quais R$ 685,39 milhões já foram inscritos em dívida ativa.

Segundo a ANS, a operadora é inscrita no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) após o não pagamento e a conclusão do processo istrativo. De janeiro a junho de 2018, R$ 48,49 milhões foram encaminhados para inscrição em dívida ativa.

Com informações da Agência Brasil