Saúde

Novo fármaco pode melhorar em até 60% lesões de psoríase

A fórmula do risanquizumabe foi aprovada pela Anvisa para o tratamento da doença em placas moderadas e graves

Foto: Divulgação

A psoríase é uma doença inflamatória crônica, imunomediada e não contagiosa, que pode afetar o corpo todo, principalmente os joelhos, cotovelos, mãos, pés e o couro cabeludo. Ainda não há cura, mas há tratamento, e um novo medicamento (SKYRIZI- risanquizumabe) aprovado pela Anvisa é a nova aposta para combater o problema de pele. 

A aprovação baseia-se em estudos clínicos que indicam que mais de 80% dos pacientes atingiram resposta sustentada das lesões na pele e aproximadamente 60% alcançaram melhora completa das lesões ao longo de 52 semanas de tratamento.

Relativamente comum no Brasil, a prevalência da psoríase no Brasil varia entre 1,10 e 1,50%, com grande variabilidade entre as regiões: 0,92%- Norte- e 1,88%- Sudeste, de acordo com pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermartologia. 

Como funciona? 

Na dosagem de 150mg, SKYRIZI® (seu uso requer prescrição médica) deve ser aplicado em duas injeções subcutâneas de 75mg com dose inicial nas semanas 0 e 4, e doses de manutenção a cada 3 meses (12 semanas). 

O medicamento é um anticorpo monoclonal de imunoglobulina humanizada G1 (IgG1), que inibe seletivamente a interleucina 23 (IL-23), por meio de sua ligação à subunidade p19, e representa uma nova opção terapêutica para o tratamento da psoríase em placas moderada a grave. IL-23 é uma interleucina chave no processo inflamatório da psoríase. 

Doença 

A psoríase é uma doença crônica que afeta cerca de 125 milhões de pessoas em todo o mundo e aproximadamente 3 a 5 milhões no Brasil (1,31% da população). Muitos pacientes não atingem as metas de tratamento ou perdem a resposta ao tratamento com o ar do tempo. 

“O tratamento da psoríase avançou consideravelmente na última década. Contudo, existem muitos pacientes que ainda não obtiveram melhora significativa das lesões ou que deixaram de responder aos tratamentos com o ar do tempo”, afirma o dermatologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, Ricardo Romiti. 

Para o médico, a aprovação do risanquizumabe marca um o importante para ajudar os pacientes e profissionais de saúde a atingirem e manterem suas metas de tratamento.