
Com o olhar voltado para o desenvolvimento de uma saúde cada vez mais humanizada, e além disso, personalizada, a medicina preventiva e os avanços tecnológicos tornam-se destaques em meio aos protagonistas do setor. Intervenções realizadas antes do aparecimento de doenças tendem a ser um dos pilares da saúde do futuro.
Especialistas da área afirmam, inclusive, que a longevidade não será somente uma questão de se viver mais tempo, mas de viver realmente com saúde.
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O setor da saúde no Espírito Santo e no Brasil mostra-se cada vez mais promissor. O crescimento econômico é marco em meio a esse avanço: a saúde gerou 8,4 milhões de empregos no Brasil em 2021, representando 7,7% do PIB.
Se aumenta a demanda, aumentam as exigências, as necessidades de investimentos em inovação. É preciso, portanto, aprimorar a qualidade do serviço ofertado.
Diante de um cenário com tantas possibilidades e também desafios, especialistas e players do setor se reuniram em Vitória para debater temas importantes na segunda edição do Data Business Health. Destaque para a escolha do tema: “Saúde do Futuro: tendências, inovações e oportunidades” como destaque.
Entre os principais pontos ao olhar para a saúde do futuro, especialistas buscam o equilíbrio. Inovar e manter a sustentabilidade financeira na saúde está entre os principais assuntos que circulam pelo setor.
Como garantir que todos, independentemente de sua condição social ou geográfica, tenham o às inovações que estão moldando o setor de saúde Como financiar sistemas de saúde que possam ar tanto os altos custos das novas tecnologias quanto as necessidades de uma população envelhecida?
Atenção com a equipe e desenvolvimento de líderes
Em uma área ávida na busca por respostas e soluções, Fernando Torelly, CEO do Hcor, hospital referência em tratamentos cardiológicos e sediado em São Paulo, afirma que é preciso pensar em gestão de pessoas, integração de dados e conquistar um novo modelo de saúde que promova a saúde e não a doença, por exemplo.
Para Torelly, é preciso pensar em conjunto e transformar “competição em colaboração”.
“Substituir competição por colaboração é uma necessidade absoluta das nossas organizações. Mudar o mindset do modelo de governança é objetivamente o grande segredo e um dos pontos importantes o teu hospital ou a tua clínica, teu laboratório, ele tem que ser desejado pelos pacientes”.
Fernando destaca que para ser desejado, o olhar tem que estar voltado para a “beira do leito”, não só cuidando dos pacientes, mas dos colaboradores.
Contar com uma equipe unida, coerente e sólida também faz parte do universo de grandes hospitais distribuídos em vários estados brasileiros que vêm conquistando grandes números.
Torelly também fez uma análise de como o mercado se comporta, por vezes buscando soluções que não são eficientes
“O maior investimento de um hospital, de uma empresa, são as pessoas. A gente compra uma ressonância magnética ou faz uma obra ou investe um monte de dinheiro e não coloca dinheiro em um plano de capacitação de desenvolvimento de líderes. E quando alguém tem problema, a gente troca e coloca outra pessoa do mercado achando que é melhor do que aquele que tava lá. E não é! E a gente descobre isso depois de um ano. Este é o investimento mais importante. Investir em pessoas que trabalham com você”.
Como exemplo o CEO citou o MBA oferecido pelo Hcor onde profissionais de outras instituições são convidadas a ministrar. “A gente não está competindo. A gente não está preocupado em quem é mais bonito ou se um aparece e outro não aparece. Essa discussão em saúde não devia existir. Todo mundo devia trabalhar para melhorar a vida dos pacientes.
Hubio: tranformar o ES em referência de qualidade de vida
Mateus Starling, sócio e Distribuidor Sênior da Apex, compartilhou o que levou a empresa, junto com a Rede Vitória, a realizar um evento exclusivo para se conversar sobre o setor de saúde, o impulso que ele promove e investimentos feitos.
“Hubio é um empreendimento imobiliário, essencialmente, que está sendo desenvolvido aqui na Enseada do Suá, e já está muito próximo de ficar pronto. É uma torre de lajes coorporativas, mas que foi totalmente desenvolvida, desde a sua concepção, para que pudesse atender o setor de saúde primariamente. Uma das necessidades que o setor de saúde tem é de inovação, de transformação”.
Esse hub de inovação para a saúde poderá ser ocupado por startups de saúde, consultórios, clínicas e operadoras de planos de saúde, por exemplo. O objetivo é concentrar diferentes players do setor propiciando o desenvolvimento de serviços e soluções inovadoras.
O empreendimento idealizado pela Apex, com Incorporação da Cincorp e construção da Rdamázio teve um investimento de R$ 32,8 milhões.
Felipe Caroni, diretor executivo da Rede Vitória, falou sobre o papel da comunicação diante da relevância do mercado e seus desafios, vez que é de interesse de todos já que pera a vida da população.
“O nosso desafio como comunicação, o papel que a gente cumpre como veículo de comunicação, nós prestamos serviço para a população, serviços de utilidade pública. Fazer uma comunicação acertiva, apurada, com credibilidade. O que a gente discute aqui, quando fala de mercado futuro, é uma ótica mais empresarial do negócio do setor de saúde, mas quando a gente vai lá na ponta, existem outras discussões que precisam ser tratadas também”.
O Data Business Health foi realizado na quarta-feira (27), no Cinemark, em Vitória, e reuniu players de destaque da área da saúde no Espírito Santo e no Brasil.