Um estudo publicado, este ano, no “Journal of Abnormal Psychology” concluiu que entre 2009 e 2017 os níveis de depressão cresceram mais de 60% entre os jovens com idades entre 14 e 17 anos, e 47 % entre os de 12 a 13. O número de crianças e adolescentes que chegam ao pronto atendimento com pensamentos suicidas ou como vítimas de tentativas frustradas dobraram, entre 2007 e 2015.
Mas como ajudar crianças e adolescentes a arem por essa fase tão difícil? Para a psicopedagoga, coach life de crianças e adolescentes e analista comportamental, Maria Tereza Samora, a inteligência emocional é uma das chaves.
“ Com o preparo emocional, ou seja, quando eles conversam sobre suas emoções e entendem o que estão ando, eles têm menos problemas de comportamento, relacionam-se melhor, são menos propensos à violência, tem mais sentimentos positivos, mais confiança e desenvolvem empatia pelo outro”, citou.
A família também ganha neste processo, segundo Maria Tereza. Ela explica que quando se trabalha as emoções, há uma melhora significativa no comportamento agressivo e nas tradicionais “birras”. “ É possível desenvolver uma facilidade de diálogo em momentos difíceis ou de conflito, uma vez que o adolescente consegue se expressar melhor e interagir de forma saudável”, explicou.
