Política

Servidores fazem queixa contra Guedes na Comissão de Ética por 'parasitas'

O colegiado ainda precisará avaliar se abre ou não processo para apurar a conduta de Guedes

Servidores fazem queixa contra Guedes na Comissão de Ética por ‘parasitas’ Servidores fazem queixa contra Guedes na Comissão de Ética por ‘parasitas’ Servidores fazem queixa contra Guedes na Comissão de Ética por ‘parasitas’ Servidores fazem queixa contra Guedes na Comissão de Ética por ‘parasitas’
Foto: Agência Brasil/ Tânia Rêgo

Servidores da elite do funcionalismo protocolaram nesta terça-feira, 11 uma queixa contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, junto à Comissão de Ética da Presidência da República pela fala em que o ministro comparou a categoria a “parasitas”. O colegiado ainda precisará avaliar se abre ou não processo para apurar a conduta de Guedes.

A ação foi movida pelo Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que reúne diplomatas, policiais federais, auditores da Receita Federal, membros do Ministério Público Federal e funcionários do Banco Central, entre outros.

A declaração, alvo da polêmica, foi feita na última sexta-feira (7) em evento no Rio de Janeiro. Guedes defendia a aprovação da reforma istrativa para fazer com que mais recursos possam ser direcionados a áreas essenciais quando começou a falar sobre o custo da folha de pagamento.

“O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo. O cara (funcionário público) virou um parasita e o dinheiro não está chegando no povo”, disse o ministro, sob aplausos da plateia.

Após a má repercussão da declaração, o Ministério da Economia emitiu nota dizendo que “reconhece a qualidade do servidor público”. Guedes também pediu desculpas por meio de mensagens a jornalistas, amigos e familiares. “Me expressei muito mal”, escreveu.

Para o Fonacate, a fala configura “desrespeito gratuito e desmedido” aos servidores e “frontal violação ao Código de Conduta da Alta istração Federal e ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal”.

“Trata-se de um assédio institucional inaceitável, tanto sob o ponto de vista da dignidade ou do decoro do cargo quanto sob a perspectiva deontológica”, diz a denúncia.