Política

Religião não pode ser usada como instrumento político, diz Lula

O presidente mostrou que o tema continua sendo uma preocupação do governo, que tem visto no eleitorado evangélico um grupo desafiador de se aproximar

Religião não pode ser usada como instrumento político, diz Lula Religião não pode ser usada como instrumento político, diz Lula Religião não pode ser usada como instrumento político, diz Lula Religião não pode ser usada como instrumento político, diz Lula
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na manhã desta segunda-feira, 18, o uso da religião como instrumento político. Durante sua fala inicial na primeira reunião ministerial do ano, o presidente mostrou que o tema continua sendo uma preocupação do governo, que tem visto no eleitorado evangélico um grupo desafiador de se aproximar.

“A gente não pode compreender a religião sendo manipulada da forma vil e baixa como está sendo neste país”, disse Lula, que também destacou a importância de a população apoiar o Estado Democrático de Direito.

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O eleitorado evangélico mostrou, ao longo dos últimos anos, uma proximidade maior com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e tem estado no mapa do atual governo como uma área de alerta. Para citar um exemplo da dificuldade do governo com esse público, pesquisa Genial/Quaest divulgada no início do mês sobre o governo mostra uma queda na aprovação do trabalho do presidente Lula.

A avaliação de governo também piorou. De acordo com a pesquisa, 34% avaliam como negativo (eram 29% em dezembro) e 35% como positivo (eram 36%). Segundo o levantamento, os índices foram puxados principalmente pela opinião dos evangélicos no que diz respeito às declarações de Lula sobre o conflito entre Israel e Palestina.

“A pior avaliação veio dos evangélicos, que respondem por 30% do eleitorado brasileiro, influenciado pelas declarações em que Lula comparou a guerra em Gaza com a ação de Hitler na Segunda Guerra Mundial”, diz o levantamento. A comparação foi considerada exagerada por 60% dos entrevistados e por 69% dos evangélicos.