Política

MP apura por que órgão perdeu prazo em caso de rachadinha de Flávio Bolsonaro

A sindicância vai levantar o histórico de os ao processo no sistema eletrônico

MP apura por que órgão perdeu prazo em caso de rachadinha de Flávio Bolsonaro MP apura por que órgão perdeu prazo em caso de rachadinha de Flávio Bolsonaro MP apura por que órgão perdeu prazo em caso de rachadinha de Flávio Bolsonaro MP apura por que órgão perdeu prazo em caso de rachadinha de Flávio Bolsonaro
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu uma sindicância interna para apurar por que o órgão perdeu o prazo de recurso no caso que investiga a prática de rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos/RJ). A sindicância vai levantar o histórico de os ao processo no sistema eletrônico. Um deles, no dia 2 de julho, ativou a contagem do prazo para recurso, à revelia do MPRJ.

“No fim da tarde de sexta-feira, a procuradora de justiça Soraya Gaya encaminhou à chefia institucional um expediente solicitando a adoção de providências para elucidar quem teria ado o sistema eletrônico que gerou a fruição do prazo para impetração dos recursos”, disse o MP, em nota.

A procuradora já fez várias postagens nas redes sociais em apoio à família Bolsonaro e chegou a dar decisões favoráveis à defesa de Flávio no caso das rachadinhas, mas garantiu que não foi ela quem ou o sistema eletrônico, gerando a fruição do prazo. A própria procuradora solicitou a abertura da sindicância para determinar quem teria feito isso.

No fim de junho, o MPRJ anunciou que ia recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) a favor do foro privilegiado para o caso de Flávio Bolsonaro. Desembargadores da 3ª Câmara Criminal tinham reconhecido o foro privilegiado do senador, tirando o caso da 1ª instância e ando para a 2ª instância – o que mudou o juiz responsável pelo caso.

O MP, no entanto, interpôs o recurso em 20 de julho, três dias depois do prazo final, segundo a terceira vice-presidente do TJ Elisabete Filizzola Assunção. O prazo teria sido aberto em 3 de julho e terminado no dia 17.

Para tentar reverter a decisão que concedeu foro privilegiado ao Flávio Bolsonaro, o MP do Rio depende agora do julgamento de uma reclamação feita ao STF logo depois do julgamento. Na reclamação, o MP alega que a decisão da 3ª Câmara Criminal diverge do entendimento do STF que restringiu o foro privilegiado.