Política

Mantido no cargo, Renan comanda hoje sessão que deve analisar projeto de abuso de autoridade

De autoria do próprio senador, texto foi criticado duramente pelo Judiciário e Ministério Público. Renan Calheiros já é réu em uma ação penal que corre no STF

Mantido no cargo, Renan comanda hoje sessão que deve analisar projeto de abuso de autoridade Mantido no cargo, Renan comanda hoje sessão que deve analisar projeto de abuso de autoridade Mantido no cargo, Renan comanda hoje sessão que deve analisar projeto de abuso de autoridade Mantido no cargo, Renan comanda hoje sessão que deve analisar projeto de abuso de autoridade
STF decidiu não afastá-lo da presidência do Senado Foto: Agência Senado

Um dia depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir mantê-lo no cargo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comanda nesta quinta-feira (8) a primeira sessão da Casa após a deliberação da mais alta Corte brasileira. Entre os 17 pontos da pauta, está o projeto de lei (nº 280/2016) que endurece as punições para autoridades que cometem abusos.

O projeto de lei prevê a definição de “crimes de abuso de autoridade cometidos por membro de Poder ou agente da istração Pública, servidor público ou não, da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, que, no exercício de suas funções, ou a pretexto de exercê-las, abusa do poder que lhe foi conferido. Estabelece que a lei entra em vigor 60 dias após a publicação”.

O plenário do Senado, porém, deverá analisar antes da proposta um requerimento, assinado por 22 senadores, para que a matéria deixe de tramitar em regime de urgência. Se aprovado, o requerimento deve jogar a votação do caso para os próximos dias — sem data definida para acontecer.

O texto, de autoria do próprio Renan, sofreu duras críticas do Judiciário e do Ministério Público, uma vez que é interpretado como um limitador da atuação da Lava Jato. Alvo de protestos no último final de semana, a proposta é vista como uma retaliação de Renan às investigações sobre políticos — um dos principais alvos da operação comandada pelo juiz da 13ª Vara Federal Sérgio Moro.

Renan Calheiros já é réu em uma ação penal que corre no STF por peculato — ele é acusado de destinar dinheiro público para o pagamento de pensão para a jornalista Mônica Veloso, com quem teve um relacionamento extra-conjugal, descoberto em 2007. Renan também é alvo de outros inquéritos no âmbito da Lava Jato no Supremo.

As informações são do R7