Política

Dirigentes regionais do PMDB criticam aliança com PT

Dirigentes regionais do PMDB criticam aliança com PT Dirigentes regionais do PMDB criticam aliança com PT Dirigentes regionais do PMDB criticam aliança com PT Dirigentes regionais do PMDB criticam aliança com PT

Brasília – A menos de um mês da convenção nacional do PMDB, caciques do partido se encontraram em Brasília para medir a temperatura das críticas à aliança com o PT. No encontro, o acordo nacional com os petistas – para reeditar a chapa de 2010 – sofreu críticas de dirigentes de diretórios regionais com problemas eleitorais, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará. Os dissidentes se queixaram que, ao chancelar a parceria da presidente Dilma Rousseff com o vice-presidente Michel Temer, o PMDB fortaleceria o adversário da legenda em diversas disputas estaduais.

Também pontuaram que com o foco na eleição nacional o PMDB pode diminuir sua bancada federal nas eleições deste ano, o que diminui o peso do partido no próximo governo. “A maioria (do PMDB) do Rio de Janeiro é contra a aliança nacional. O PMDB participa do governo com cinco ou seis minutos do tempo de televisão, mas não apita nada na construção de políticas públicas do país”, resumiu um dos porta-vozes dos insatisfeitos, o deputado federal Leonardo Picciani (RJ).

Para aplacar os oponentes da reedição da aliança, Michel Temer chegou à reunião com o apoio declarado dos diretórios de Minas Gerais e de São Paulo. A ideia era ar uma demonstração de força e tentar pedir, com isso, a união do partido em torno do projeto nacional.

O vice-presidente não falou com a imprensa ao deixar o evento, mas segundo relatos de peemedebistas ele afirmou aos presentes que apoiaria nos Estados até mesmo os candidatos que fossem contra a parceria. A tese da ala encabeçada por Temer é que nos Estados o PMDB deve estar livre para compor os acordos da forma que achar melhor, mas preservando o apoio à aliança PT-PMDB.

Defensores da reedição da chapa com Dilma e Temer argumentaram também que o PMDB tem participação importante no governo, lembrando que o partido controla as presidências da Câmara e do Senado, ministérios e a própria vice-presidência. Além do mais, garantiram que na convenção do partido em junho a sigla não deve romper com o PT. “Se houvesse risco seria a maior incoerência política e o PMDB pagaria muito caro por isso”, disse o presidente do Senado, Renan Calheiros.