Política

CCJ do Senado aprova, em votação simbólica, projeto que altera prazos da Lei da Ficha Limpa

CCJ do Senado aprova, em votação simbólica, projeto que altera prazos da Lei da Ficha Limpa CCJ do Senado aprova, em votação simbólica, projeto que altera prazos da Lei da Ficha Limpa CCJ do Senado aprova, em votação simbólica, projeto que altera prazos da Lei da Ficha Limpa CCJ do Senado aprova, em votação simbólica, projeto que altera prazos da Lei da Ficha Limpa

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 21, em votação simbólica, o projeto de lei complementar que muda os prazos de aplicação da Lei da Ficha Limpa. O projeto é relatado pelo senador Weverton (PDT-MA) e vai agora ao plenário da Casa. A CCJ aprovou um requerimento de urgência para que a proposta seja analisada o quanto antes pelo plenário.

A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados no ano ado em meio à discussão de uma minirreforma eleitoral.

O texto unifica os prazos de afastamento de candidatos de cargos públicos e une o conceito da ficha limpa com regra sobre a improbidade istrativa. Pelo projeto aprovado pelos deputados, os políticos cassados e condenados não poderão se eleger por oito anos a partir da condenação. Além disso, o projeto também estabelece que a inelegibilidade não poderá ser maior do que 12 anos. Atualmente, o prazo é contado a partir do final da pena ou do mandato do político.

O relator defendeu que “todos” os parlamentares apoiaram a Lei da Ficha Limpa, mas que há “muita má fé ou má vontade de setores que desinformam a população em dizer que estamos querendo facilitar a volta de pessoas ficha suja para fazerem política”. “Não é verdade e vou dar um exemplo concreto”, afirmou.

“Um prefeito terminou seu mandato, respondeu por processo de improbidade e foi julgado por um órgão colegiado. A partir dali ele se torna inelegível e já está cumprindo uma pena de um processo que não está transitado em julgado. Ele recorre a outros tribunais. Tem casos que aram 14 anos e não foram julgados. O que aconteceu? Ele está há 10, 12, 15 anos fora da disputa e quando o processo é transitado em julgado, ele começa a cumprir uma pena de oito anos. Isso é inacreditável”, defendeu Weverton.

O senador teve apoio dos poucos pares presentes na comissão nesta quarta. O senador Izalci Lucas (PL-DF) disse que não é possível “aceitar uma inelegibilidade perpétua” e que “quem tem que avaliar é o eleitor”.

“Não podemos aceitar uma inelegibilidade perpétua. Mesmo que fosse um tempo menor (de inelegibilidade), ele (político condenado) ará pelo escrutínio do voto. Quem tem que avaliar isso é o eleitor, não somos nós que vamos perpetuar a inelegibilidade de ninguém”, afirmou.