Política

Álvaro Dias diz que vai rever teto dos gastos

É preciso adotar mecanismos de fiscalização e controle", afirmou o presidenciável em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura

Álvaro Dias diz que vai rever teto dos gastos Álvaro Dias diz que vai rever teto dos gastos Álvaro Dias diz que vai rever teto dos gastos Álvaro Dias diz que vai rever teto dos gastos
Foto: Agência Senado
Foto: Agência Senado

O senador e pré-candidato do Podemos ao Palácio do Planalto, Álvaro Dias, disse que vai rever o teto constitucional dos gastos públicos, criado pelo governo do presidente Michel Temer. “Vamos ter de rever, mas não digo eliminar. É preciso adotar mecanismos de fiscalização e controle”, afirmou o presidenciável em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 4.

Dias fez duras críticas ao governo Temer, que, segundo ele, não fez as reformas estruturais necessárias, o que “inviabiliza o cumprimento dessa política adotada pela PEC 95 (que instituiu o teto)”. “O governo fez puxadinhos e pinguelas, não reformas”, disse em outro momento. “O presidente da República virou um cadáver insepulto politicamente.”

O pré-candidato, entretanto, disse que a PEC do teto não reduz gastos em educação, cujos investimentos ele quer que alcance 10% do PIB. Segundo Dias, o teto é comum em diversos países e demanda uma realocação de recursos para áreas prioritárias.

Sobre o desemprego, Dias defendeu que a saída é estimular a economia por meio da reforma tributária. O pré-candidato disse que pretende tributar mais a renda e menos o consumo. Apesar desse posicionamento, ele desconversou quando questionado sobre a tributação de heranças e investimentos financeiros. “Podemos discutir esse assunto”, desde que não se crie “penduricalhos, itens novos.”

O pré-candidato afirma que, se eleito, vai “refundar a República”. “Vamos apresentar num só ato um conjunto de medidas para a refundação da República, esse sistema fracassado, que distribuiu incompetência e corrupção.”

Apesar da defesa das boas práticas na política, Dias foi questionado pelo fato de a presidente do seu partido, Renata Abreu, ter recebido dinheiro de empresas investigadas pela Lava Jato. Em defesa de sua aliada, argumentou que “esse ado ficou para trás” e que todas as doações, à época, foram legais. “Esse era o modelo vigente na época”, disse.