Polícia

Polícia indicia motorista de aplicativo por estupro em SP

Imagens de câmeras de segurança derrubaram a versão do motorista de 47 anos - que, segundo a polícia, disse ter sido "seduzido pela jovem"

Polícia indicia motorista de aplicativo por estupro em SP Polícia indicia motorista de aplicativo por estupro em SP Polícia indicia motorista de aplicativo por estupro em SP Polícia indicia motorista de aplicativo por estupro em SP
Foto: Reprodução

A polícia indiciou um motorista de aplicativo por estupro de uma universitária de 20 anos durante a corrida. Imagens de câmeras de segurança derrubaram a versão do motorista de 47 anos – que, segundo a polícia, disse ter sido “seduzido pela jovem e, como homem, não teria resistido”.

O caso aconteceu na madrugada do último dia 26, por volta das 4h da manhã. A estudante tinha acabado de sair de uma festa, em um bar da zona oeste, quando chamou o serviço de aplicativo da 99 Táxi.

O carro que fez o atendimento foi um Honda City. A corrida seria até a Mooca, na zona leste, bairro em que a vítima mora.

Conforme a própria ageira relatou para polícia, ela tinha consumido álcool e estava embriagada. O que aconteceu durante a corrida ela só conseguiu se recordar por meio de lampejos. E entre esses lampejos estaria a cena em que ela tinha sido violentada (ela se recorda do homem parar o carro e ir para o banco de trás com as calças abaixadas).

No dia seguinte, além dos flashes de violência sexual, a estudante notou que o valor e o tempo da corrida não correspondiam ao habitual. Normalmente, naquele horário, o trajeto da zona oeste até a Mooca não daria muito mais de meia hora. Já aquela corrida tinha durado cerca de 5 horas e custado mais de R$ 100. Ela também declarou ter sentido dores na região genital.

No último domingo, dia 1, o motorista se apresentou a polícia – com a versão de que teria sido seduzido pela garota. Segundo a polícia, ele teria dito que a ageira também estava no banco da frente e que, de comum acordo, teria pulado para o banco de trás, onde o ato sexual teria se consumado.

“As imagens de segurança desmontam a versão do motorista. Elas mostram e que ele parou o carro, saiu e foi para o banco de trás”, falou o delegado Roberto Monteiro de Andrade Junior, titular da 1ª Delegacia Seccional da Capital. “Ao invés de ajudar a ageira, levando-a para um hospital ou para a casa dela, ele decidiu cometer o abuso”, completou.

O caso foi registrado como estupro de vulnerável na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher. A estudante ou por exames no hospital Pérola Byington e terá que tomar um coquetel de remédios pra evitar doenças sexualmente transmissíveis.

A EMPRESA

Em nota, a 99 afirmou que baniu o motorista da plataforma e mobilizou uma equipe “que manteve contato com a ageira para oferecer todo o acolhimento e e necessários”.

A empresa está disponível para colaborar com as investigações da polícia.

“A plataforma lamenta profundamente o caso e reitera que repudia veemente esse tipo de violência. Temos uma política de tolerância zero em relação a isso. Por isso, dedicamos nossos esforços na prevenção, proteção e acolhimento de todos os usuários da plataforma, principalmente para as mulheres.”

Ainda de acordo com o aplicativo, “ageiras e motoristas que tenham sofrido esse tipo de violência devem reportar imediatamente para a empresa, por meio de seu app, ou no telefone 0800-888-8999.