Polícia

Advogado vai pedir proteção judicial para executor de médica

Ele alega que o Estado tem registros de queima de arquivo e diz que teme pela vida do cliente

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Advogado vai pedir proteção judicial para executor de médica

O advogado Leonardo da Rocha de Souza, que faz a defesa de Dionathas Alves Vieira, informou que vai protocolar um pedido de proteção a testemunhas na Secretaria de Justiça do Estado, ao juiz da 1ª Vara de Vitória, para que a vida do acusado seja preservada. Ele foi preso no último sábado (16) apontado como o executor da médica Milena Gottardi Tonini Frasson, de 38 anos.

“Estou protocolando esse pedido às 12 horas para que a vida dele seja preservada até o final. Isso porque, no Espírito Santo temos histórico de queima de arquivo dentro do próprio sistema prisional e não queremos que isso aconteça”, alegou Souza.

Segundo o advogado, Dionathas está apavorado com todas as prisões e reviravoltas que aconteceram no caso nos últimos dias. Principalmente, com a prisão de Hilário Antônio Fiorot Frasson, ex-marido de Milena e um dos mandantes do crime, e Esperidião Carlos Frasson, sogro da médica e também um dos mandantes.

“Ele está apavorado com tudo e pelo que fez, mas está assumindo a responsabilidade e está arrependido. Ele ainda quer esclarecer tudo. Estamos aguardando o delegado para ouvi-lo novamente, pois ele tem mais detalhes para ar”, informou.

Seis participaram do assassinato

Seis pessoas participaram do assassinato da médica, ocorrido na última quinta-feira (14), no Hospital das Clínicas, em Vitória. Segundo as investigações da Polícia Civil, o ex-marido da vítima, o policial civil Hilário Frasson, e o pai dele, Esperidião Carlos Frasson, foram os mandantes do crime. Esperidião foi preso no início da manhã desta quinta-feira (21) e Hilário, na parte da tarde.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, pai e filho chamaram dois homens para serem os intermediadores e ficarem responsáveis pela contratação do executor: o lavrador Valcir da Silva Dias, que também foi preso nesta quinta-feira, e Hermenegildo Palauro Filho, o “Judinho”, que segue foragido. Segundo a polícia, os dois também são de Fundão e conhecem a família de Esperidião e Hilário há cerca de 30 anos.

Os dois intermediários, segundo as apurações da polícia, entraram em contato com Dionathas Alves Vieira, que, mesmo não conhecendo a vítima, aceitou o serviço. Em depoimento, Dionathas disse que recebeu R$ 2 mil para matar Milena. No entanto, os mandantes alegam que não pagaram pelo serviço.

Para cometer o crime, Dionathas teria pedido para um cunhado dele, Bruno Rodrigues, roubar uma moto, o que foi feito. O veículo foi apreendido no último sábado (16), em uma fazenda em Fundão. No mesmo dia, Dionathas e Bruno foram presos. O executor do assassinato disse à polícia que o crime foi planejado durante cerca de 25 dias.