A insegurança dentro dos campi da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória, voltou a chamar atenção, tanto de quem estuda e trabalha no local, como de que a pela região. Isso porque no dia 19 deste mês duas estudantes foram assaltadas dentro da sala de aula.
Por conta disso, na última quarta-feira (27), a universidade divulgou uma nota em sua página na internet, assinada pelo reitor Reinaldo Centoducatte. Nela ele reconhece os casos de violência. O reitor lembrou que desde o início de 2017, por causa da redução do ree de recursos do Governo Federal, todos os contratos com as empresas terceirizadas precisaram ser reduzidos, e isso incluiu o contrato de segurança.
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Por outro lado, ele reforçou alternativas que foram implementadas para aumentar a segurança, como melhora no sistema de videomonitoramento, o aplicativo alerta Ufes e a melhora na iluminação do campus. O reitor também disse que a segurança pública é um tema que afeta a todos, dentro ou fora da ufes, e que infelizmente cresce no entorno da universidade. “Desde 2017 estamos realizando reuniões com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e esperamos para este ano a formalização de um convênio entre as duas instituições”, destacou.
Com o registro desses casos, a universidade federal e o Governo do Estado têm o objetivo de colocar policiais militares da reserva para garantir a segurança, principalmente nos campi de Goiabeiras e Maruípe, em Vitória. Uma discussão que, segundo a nota, vem sendo feita desde o ano ado. Depois de mais essa polêmica, o número de militares na Ufes pode aumentar.
“Estamos empenhados em somar todos os esforços, lançar mão de todos os recursos, para que nossos estudantes e servidores, técnicos e docentes, enquanto estiverem dentro da Ufes, tenham apenas a preocupação de ensinar, aprender e produzir conhecimento e pesquisas de excelência que contribuam para o desenvolvimento da sociedade”, informou.
Responsabilidade
Todos os casos de roubos, furtos e assaltos que acontecem dentro de uma universidade, de acordo com o advogado especialista em direito empresarial Luis Felipe Valfré, é de responsabilidade da própria universidade. “Cabe a ela garantir a integridade dos seus alunos. Isso já foi reconhecido por todas as instâncias do judiciário. A Justiça Federal do Espírito Santo reconheceu isso, o Tribunal Regional Federal da nossa região também reconheceu e o Tribunal de Justiça também reconheceu”, explicou.
De acordo com ele, um aluno assaltado dentro de uma sala de aula também tem direito a uma indenização. “É legítima essa pretensão. Ela deve ser apresentada na Justiça Federal e o judiciário já tem se posicionado e reiterado às vezes com relação a responsabilidade da Ufes para indenizar, seja o furto de veículo ou qualquer coisa que tenha ocorrido dentro da universidade”, afirmou.
Assalto na sala
Duas alunas do curso de Serviço Social que estavam estudando foram rendidas, dentro da sala de aula, por um homem que estava armado. O assalto aconteceu no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da Ufes, em Goiabeiras, Vitória, no dia 19 de junho deste ano.
Após o assalto, a equipe de segurança da universidade foi acionada, mas o criminoso já havia fugido. Segundo a Ufes, as vítimas foram encaminhadas para uma delegacia para registrar o boletim de ocorrência.
