Polícia

Justiça do ES condena empresários do ramo de bebidas por sonegação fiscal

Da sentença ainda cabe recurso. Ambos foram condenados à pena de 5 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, bem como ao pagamento de R$ 12.180.502,48

Justiça do ES condena empresários do ramo de bebidas por sonegação fiscal Justiça do ES condena empresários do ramo de bebidas por sonegação fiscal Justiça do ES condena empresários do ramo de bebidas por sonegação fiscal Justiça do ES condena empresários do ramo de bebidas por sonegação fiscal
Foto: Google Maps

A Justiça capixaba, por meio da 2ª Vara Criminal de Vila Velha, condenou os empresários Ricardo Lucio Corteletti e Sandra da Penha Corteletti, es da distribuidora de bebidas Newred Distribuidora Importação e Exportação LTDA., por sonegação fiscal. Da sentença ainda cabe recurso.

Ambos foram condenados à pena de 5 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, bem como ao pagamento de R$ 12.180.502,48 para a reparação dos prejuízos sofridos pelo Estado do Espírito Santo.

A Justiça Criminal entendeu que os empresários se utilizaram de uma empresa “de fachada” para intermediar a aquisição de mercadorias de fornecedores, para que então não precisassem recolher o ICMS Substituição Tributária que é aplicado nessas operações.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

Para tanto, a empresa “de fachada”, após adquirir os produtos, emitia uma nota fiscal de venda para a Newred Distribuidora, informando que o imposto já havia sido recolhido de forma antecipada, o que, pelo que se apurou, nunca aconteceu.

Com isso, a distribuidora de bebidas dos empresários condenados, localizada em Santa Mônica, Vila Velha, podia então fazer a revenda das mercadorias de forma livre de impostos, enquanto o ivo tributário ficava a cargo integralmente da empresa “de fachada”.

Entenda

No caso, era feita uma “triangulação” de emissão de documentos fiscais (fornecedor → empresa “de fachada” → Newred Distribuidora), mas a mercadoria, na prática, circulava do fornecedor diretamente para a distribuidora dos empresários condenados, não existindo intermediador.

A denúncia que resultou nessa condenação foi um desdobramento da “Operação Sanguinello”, resultante do trabalho investigativo realizado em parceria entre Ministério Público Estadual com o Gaeco e a Receita Estadual do Espírito Santo, que revelou a existência de uma complexa associação criminosa atuante no setor de bebidas e gêneros alimentícios, voltada à prática de crimes contra a ordem tributária e falsidade ideológica.

Ricardo Lucio Corteletti também é investigado na denominada “Operação Decanter”, por novos crimes tributários e de lavagem de dinheiro praticados na gestão da Newred Distribuidora, tendo sido, inclusive, preso temporariamente no mês de julho de 2022.

O que diz a defesa

A defesa dos empresários, que é realizada pelo advogado Rafael Merlo Marconi de Macedo, foi procurada pelo Folha Vitória, mas informou que não irá se manifestar no momento sobre a decisão.