Polícia

Golpistas usam nomes de cartórios de protesto para cometer crimes

Estelionatários atraem as vítimas através do WhastApp, se am por representantes dessas empresas e conseguem tirar dinheiro das pessoas via Pix

Golpistas usam nomes de cartórios de protesto para cometer crimes Golpistas usam nomes de cartórios de protesto para cometer crimes Golpistas usam nomes de cartórios de protesto para cometer crimes Golpistas usam nomes de cartórios de protesto para cometer crimes
Foto: Pixabay

Cartórios de protesto do Espírito Santo estão na mira de estelionatários para aplicar golpes. Os estelionatários atraem as vítimas através do WhastApp, se am por representantes dessas empresas e conseguem tirar dinheiro das pessoas via Pix.

É muito comum que estelionatários utilizem o nome de empresas e instituições conceituadas para realizarem golpes. Um dos mais recentes é através do WhatsApp. 

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O golpista se a por um profissional de algum cartório e diz que há um protesto no F ou CNPJ da pessoa. Para tentar resolver a pendência, a pessoa questiona o que deve ser feito e é nesta hora que o golpe é realizado: o estelionatário envia uma chave Pix para que o suposto débito seja quitado.

“As pessoas têm entrado em contato com os cartórios buscando conferir a veracidade da cobrança, e temos percebido um alto número de tentativas de golpe via WhatsApp utilizando o protesto de títulos. É importante que as pessoas fiquem alertas e não façam pagamentos sem ter a certeza que é verdadeira”, alerta Rogério Lugon Valladão, presidente do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção Espírito Santo.

A surpresa com a cobrança e a desatenção em meio aos afazeres do dia a dia aumentam as chances de pessoas caírem neste tipo de golpe.

Novo serviço contra golpes

Para ajudar as pessoas a não serem enganadas, os Cartórios de Protesto agora contam com um novo serviço, o Avise-me

“Através dele, a pessoa cadastrada recebe alertas via SMS ou e-mail assim que uma dívida for lançada em seu F ou CNPJ. Desta forma, a situação pode ser regularizada antes do protesto ser efetivado e ajuda a evitar golpes, porque se houver alguma cobrança em que a pessoa não foi alertada pelo “Avise-me”, a chance de ser golpe é grande”, explica Valladão.

Com o “Avise-me”, a pessoa pode se proteger deste tipo de fraude, desconsiderando qualquer aviso de protesto que não tenha sido feito por SMS ou e-mail. 

Quando o F ou CNPJ é de fato realizado, o devedor é intimado por um tabelião de protesto pessoalmente ou por edital público. O cadastro pode ser realizado pelo site www.pesquisaprotesto.com.br

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Além do Avise-me, outra forma de evitar prejuízos é entrar em contato com o cartório para consultar a veracidade de uma cobrança de protesto antes de realizar qualquer pagamento. A pessoa não deve entrar em contato com o telefone ou e-mail informado, uma vez que eles podem fazer parte do golpe.

Os cartórios também oferecem gratuitamente a consulta do F ou CNPJ através do site. Através dele é possível conferir se realmente há ou não algum título protestado no F ou CNPJ.

Algumas medidas simples podem evitar que a pessoa caia em golpes. Mas, se perceber que não conseguiu evitar, a pessoa deve imediatamente procurar a delegacia para fazer um boletim de ocorrência.

O IEPTB-ES (Instituto de Estudos e Protestos de Títulos do Brasil – Seção Espírito Santo) conta com um site que oferece diversos serviços para a população, incluindo a relação de cartórios no Espírito Santo que podem ser consultados em caso de dúvidas.

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Erika Santos, editora-executiva do Folha Vitória
Erika Santos

Editora-executiva

Jornalista formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), com MBA em Jornalismo Empresarial e Assessoria de Imprensa.

Jornalista formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), com MBA em Jornalismo Empresarial e Assessoria de Imprensa.