Polícia

Executivo do Facebook no Brasil foi preso por não quebrar sigilo do WhatsApp

A decisão judicial tem relação com "reiterado descumprimento de ordens judiciais em investigações que tramitam em segredo de Justiça e que envolvem o crime organizado e o tráfico de drogas"

Executivo do Facebook no Brasil foi preso por não quebrar sigilo do WhatsApp Executivo do Facebook no Brasil foi preso por não quebrar sigilo do WhatsApp Executivo do Facebook no Brasil foi preso por não quebrar sigilo do WhatsApp Executivo do Facebook no Brasil foi preso por não quebrar sigilo do WhatsApp
O executivo foi preso por descumprir ordem judicial Foto: ​Divulgação

São Paulo – O vice-presidente do Facebook na América Latina, o argentino residente no Brasil Diego Dzodan, foi preso nesta terça-feira, 1, pela equipe da Polícia Federal da Delegacia de Repressão Entorpecentes/SP, em razão de descumprimento de ordem judicial. A ordem de prisão preventiva, quando não há prazo para a soltura, foi feita pelo juiz de Sergipe, Marcel Maia Montalvão, da comarca criminal de Lagarto.

Diego Dzodan estava indo para o trabalho, no bairro do Itaim Bibi quando foi detido e não ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos (SP), conforme informado anteriormente pela Polícia Federal.

Segundo a PF, a decisão judicial tem relação com “reiterado descumprimento de ordens judiciais em investigações que tramitam em segredo de Justiça e que envolvem o crime organizado e o tráfico de drogas”. A empresa de tecnologia não cumpriu as determinações da Justiça para quebrar o sigilo de mensagens de WhatsApp de investigados envolvidos em tráfico de drogas. O aplicativo pertence ao Facebook.

Em dezembro de 2015, a juíza Sandra Regina Nostre Marques, da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, determinou o bloqueio do aplicativo WhatsApp por 48 horas. A polícia havia requerido a ‘interceptação de comunicação telemática’, de 3 investigados.

A magistrada determinou a interceptação determinando ao Facebook do Brasil que cumprisse a ordem, mas a empresa informou sobre a impossibilidade de atendimento à decisão. Menos de 24 horas depois, o Tribunal de Justiça de São Paulo revogou a decisão da juíza.