Polícia

Falta especialização para peritos criminais no Espírito Santo, diz associação

O encontro contou com a presença de profissionais de vários locais do Brasil, como Rosângela Monteiro – perita criminal de São Paulo que trabalhou na reconstituição do caso dos Nardoni

Falta especialização para peritos criminais no Espírito Santo, diz associação Falta especialização para peritos criminais no Espírito Santo, diz associação Falta especialização para peritos criminais no Espírito Santo, diz associação Falta especialização para peritos criminais no Espírito Santo, diz associação
Durante o encontro, foi realizada uma simulação de perícia Foto: TV Vitória

Terminou nesta sexta-feira (5) a quarta edição do Encontro Estadual de Perícias Criminais, evento que reuniu na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) peritos e pessoas interessadas na carreira para debater e dividir temas como tecnologia e inovação da ciência forense.

O encontro contou com a presença de profissionais de vários locais do Brasil, como Rosângela Monteiro – perita criminal de São Paulo que integrou a equipe que fez a reconstituição do caso de Izabela Nardoni, a menina que em 2008 foi jogada da janela na capital paulista pelo próprio pai.

Para Rosângela, casos como o dos Nardoni dão visibilidade à profissão. “A perícia é um trabalho de bastidor e quando é comentado faz com que toda a sociedade, até mesmo dentro da polícia, conheça melhor o ofício”, enfatizou a perita.

Conheça o perito

O perito criminal é um policial civil com treinamento específico para identificar os detalhes que possam ajudar a solucionar um crime e que ariam despercebidos por olhares não treinados. 

Atualmente, 154 peritos criminais atuam no Espírito Santo; o número dobrou este ano, depois da contratação de 80 novos policiais. No entanto, a categoria ainda enfrenta alguns problemas. O principal deles, segundo a presidente da Associação de Peritos Criminais do ES, Fernanda Silveira, é a falta de especialização.

“No Estado faltam peritos de carreiras específicas, como engenheiros e contadores. Para contratar esse tipo de profissionais, teríamos que realizar um concurso para esses cargos em especial, como acontece na Polícia Federal”, comenta a presidente.