Polícia

Delegado vai pedir prorrogação de prisão de suspeito de matar Thayná

Ademir Lúcio de Araújo Ferreira está preso desde o mês ado, quando foi encontrado em Porto Alegre. Prisão temporária vence no próximo dia 12

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Foto: TV Vitória
Foto: TV Vitória
Ademir está preso desde o dia 13 de novembro e cumpre prisão temporária.

O titular da Delegacia de Pessoas Desaparecidas e chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado José Lopes, afirmou que vai pedir a prorrogação da prisão de Ademir Lúcio de Araújo Ferreira, de 55 anos, suspeito de sequestrar, estuprar e ass a estudante Thayná Andressa de Jesus, de 12 anos. Nesta segunda-feira (04), a Polícia Civil confirmou que a ossada encontrada às margens de uma lagoa em Viana, no dia 10 de novembro, é da menina.

Ademir está preso desde o dia 13 de novembro, quando foi encontrado em uma pensão em Porto Alegre (RS). Desde então, ele cumpre prisão temporária, com previsão para acabar no próximo dia 12. 

O inquérito sobre a morte de Thayná ainda não foi concluído, mas José Lopes adianta que Ademir deverá ser indiciado por três crimes. Para ele, não há dúvidas de que a menina tenha sofrido violência sexual.

“Desde o início nós colocamos homicídio – ainda botei ‘suposto homicídio’, porque não tinha o corpo – estupro – não abro mão disso. Pelas evidências, a gente verifica que essa menina sofreu bastante – e mais a ocultação do cadáver”, afirmou o delegado.

Desaparecimento

Imagem de videomonitoramento mostra o momento em que Thayná foi abordada por Ademir, no dia 17 de outubro, em Viana

Thayná desapareceu no dia 17 de outubro, depois de sair para ir ao supermercado, a pedido da mãe, Clemilda de Jesus. Câmeras de segurança registraram o momento em que a menina entrou em um carro conduzido por Ademir. O chefe da DHPP acredita que a menina tenha sofrido algum tipo de ameaça para entrar no veículo.

“Olhando as imagens de como ela foi abordada, entrou no carro, o percurso… O normal de um ser humano é tentar gritar, sair do carro. Nós fizemos todo o percurso e ninguém notou nada disso. Então acredito que ela foi ameaçada, de alguma forma, por algum instrumento, alguma coisa que fizesse ela ficar iva, porque não é o normal”, afirmou José Lopes.

Ademir também é suspeito de estuprar uma menina de 11 anos, três dias antes do sequestro de Thayná. A investigação sobre esse caso é conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Para o delegado José Lopes, Ademir cria fantasias para tentar justificar suas atitudes.

“A história que ele contou, que conhecia o ex-namorado da mãe [de Thayná], isso tudo aí caiu por terra, é só história. Ele é inteligente. Tudo o que ele ouve falar, ele vai lá e monta a história dele. Depois que terminar o inquérito, a gente vai provar tudinho. A versão dele é que ele foi seduzido. Depois ele falou que a menina Thayná saiu correndo pelo mato adentro, que ele correu atrás dela e que ela se afogou. Quer dizer, nada disso é verdade”, afirmou o delegado.

Liberação do corpo

Clemilda ainda não teve condições de liberar os restos mortais de Thayná no DML

Apesar de o exame de DNA ter comprovado que a ossada encontrada no mês ado, em Viana, é mesmo de Thayná, os restos mortais da menina prosseguem no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. Depois de receber a notícia sobre a identificação da ossada, a mãe de Thayná não teve condições psicológicas de fazer a liberação do corpo da filha.

“Eu tive que dar a notícia ruim para ela. Ela falou que já estava esperando, mas ficou nervosa, começou a tremer, a chorar e disse que depois ela vai retirar os ossos da filha. Ela estava sem condições, saiu daqui desesperada. Ela falou: ‘doutor, eu sabia [que a ossada era de Thayná], mas queria que não fosse’. Eu falei: ‘eu também queria que não fosse’. Mas…”, lamentou José Lopes.

A expectativa é de que Clemilda de Jesus compareça ao DML de Vitória na manhã desta terça-feira (04) para fazer a liberação dos restos mortais de Thayná. Por telefone, Clemilda disse à produção da TV Vitória/Record TV que ainda tem condições psicológicas de pensar nos detalhes sobre o sepultamento da filha. Em uma rede social, ela escreveu que não possui recursos para realizar o funeral.