O advogado mineiro Eduardo Santos Simões de Almeida, de 34 anos, foi solto após a Justiça conceder a liberdade provisória mediante o pagamento de fiança. De acordo com a Secretaria de Justiça, ele foi liberado na noite desta segunda-feira (12). O advogado vai responder ao processo em liberdade.
Eduardo foi preso durante uma confusão com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES). Ele é suspeito de captar de forma irregular clientes do caso da tragédia de Mariana, em Minas Gerais.
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A confusão que levou à prisão do advogado aconteceu na quadra de uma escola particular do bairro Itapebussu, em Guarapari. Cerca de 500 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, estavam no evento.
O advogado teria feito ameaças e praticado injúria contra a presidente da OAB-ES, Érica Neves, e da presidente da subseção de Guarapari, Mônica Goulart.
Em entrevista ao Folha Vitória, a presidente contou que o advogado gravou vídeos em que utiliza “palavras de baixo calão” para se referir à Mônica.
Captação de clientes feita por advogado é irregular
De acordo com a OAB-ES, o advogado montou uma estrutura, com computadores, copiadora e impressora, para iniciar atendimentos na escola de Guarapari. Segundo a entidade, essa forma de atuação é irregular. Além disso, o advogado precisa ter inscrição na seccional para atuar.
“O advogado não se vende, ele é contratado. Ele estava se vendendo, realizando uma mercantilização, o que é uma abordagem irregular, de acordo com o nosso Código de Ética. Era isso, antes dele realizar as injúrias e ameaças”, explicou a presidente da OAB-ES.
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Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.
