Geral

Tribunal aumenta para 89 anos pena de mandante da Chacina de Unaí

Tribunal aumenta para 89 anos pena de mandante da Chacina de Unaí Tribunal aumenta para 89 anos pena de mandante da Chacina de Unaí Tribunal aumenta para 89 anos pena de mandante da Chacina de Unaí Tribunal aumenta para 89 anos pena de mandante da Chacina de Unaí

A Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), em Minas Gerais, decidiu aumentar, de 64 para 89 anos, a pena imposta ao fazendeiro Antério Mânica. Ele foi denunciado como mandante da Chacina de Unaí.

Os desembargadores também confirmaram que a sentença deve começar a ser cumprida imediatamente, ou seja, ele não poderá aguardar os recursos em liberdade. Mânica foi preso em setembro, por ordem do desembargador Edilson Vitorelli, relator do caso, mas a decisão individual era provisória e ainda precisava ar pelo crivo da Primeira Turma.

A decisão, tomada em julgamento na terça-feira, 21, atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF). A procuradora da República Mirian Moreira Lima, que atua no caso desde 2004, defendeu que a lei anticrime prevê o cumprimento imediato da sentença quando a pena for superior a 15 anos.

Os desembargadores também rejeitaram recursos da defesa para anular o julgamento, no Tribunal do Júri, que condenou o fazendeiro.

O crime aconteceu em 2004. Os auditores fiscais Nelson José da Silva, João Batista Lages e Erastótenes de Almeida Gonçalves, do Ministério Público do Trabalho, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram mortos a tiros em uma emboscada na área rural de Unaí, que fica a 600 quilômetros de Belo Horizonte. Eles investigavam denúncias de trabalho escravo na região.

Antério Mânica, que é ex-prefeito de Unaí, e o irmão dele, Norberto Mânica, foram apontados como mandantes do crime. O empresário Hugo Alves Pimenta, que teria intermediado a contratação de matadores de aluguel, também foi denunciado. Eles foram levados a júri popular duas vezes. O primeiro julgamento foi anulado. Na segunda votação, foram condenados a penas que variavam entre 31 e 65 anos de prisão.