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Pesquisadores fazem nova expedição em área atingida por lama da Samarco

Os especialistas da Ufes, Uerj e Furg estão fazendo coletas entre Aracruz e Degredo, no litoral de Linhares. O objetivo é aprofundar a avaliação do impacto

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A expedição é para dar continuidade à análise em campo dos impactos da lama  Foto: Reprodução ICMBio

Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) estão dando sequência ao monitoramento marinho. Acompanhados de especialistas da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), eles voltam ao mar na última segunda-feira (5) para dar continuidade à análise em campo dos impactos da lama de sedimentos na foz do Rio Doce.

Desta vez, a expedição foi dada a bordo do navio de pesquisas Abaeté, contratado pela Fundação Renova, instituição autônoma e independente constituída para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Samarco Mineração, localizada em Mariana, em Minas Gerais.

A expedição realiza coletas entre Aracruz e Degredo, no litoral de Linhares. “Serão coletadas amostras de água, sedimento e organismos vivos, como peixes, camarões e plâncton”, explicou Nilamon de Oliveira Leite Júnior, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Segundo o professor do Departamento de Oceanografia da Ufes, Alex Bastos, esta quinta expedição tem, entre outros objetivos, o de aprofundar a avaliação do impacto causado pelos rejeitos de mineração, caracterizando as principais mudanças causadas no ambiente marinho e apontando os possíveis impactos ambientais, além de nortear medidas necessárias para proteção do ambiente.

Expedições

A primeira expedição foi feita a bordo do navio Vital de Oliveira, da Marinha, entre os dias 26 de novembro e 2 de dezembro de 2015, cinco dias após a lama chegar ao mar de Regência. A segunda expedição foi feita pelo navio Soloncy Moura, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no período de 27 de janeiro a 2 de fevereiro de 2016.

Entre os dias 15 de fevereiro e 19 de fevereiro foi realizada a terceira expedição, a bordo do navio Antares, da Marinha, somente com uma equipe da Ufes. A quarta expedição também foi realizada pelo navio Soloncy Moura no período de 19 a 30 de abril.

Pesca proibida

A pesca na região da foz do Rio Doce continua proibida, compreendendo a zona de amortecimento da Rebio Comboios, indo de Degredo, em Linhares, até Barra do Riacho, em Aracruz, limitando-se à profundidade de 20 metros.