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Termina novo protesto dos professores que reuniu 500 pessoas em Vitória

Termina novo protesto dos professores que reuniu 500 pessoas em Vitória Termina novo protesto dos professores que reuniu 500 pessoas em Vitória Termina novo protesto dos professores que reuniu 500 pessoas em Vitória Termina novo protesto dos professores que reuniu 500 pessoas em Vitória

  Fotos: Reprodução / Ninja ES
Terminou por volta das 12h30 desta quarta-feira (30) mais um protesto dos professores estaduais em greve. A eata começou por volta das 8 horas na Praça do Papa, em Vitória, e seguiu em direção à sede da prefeitura da Capital, em Bento Ferreira, e terminou na sede do governo estadual, no Palácio Anchieta.

De acordo com a Central de Videomonitoramento da Prefeitura de Vitória, cerca de 500 professores participaram do ato. O trânsito ficou congestionado em várias vias da Capital. Às 12h30, os manifestantes já haviam se dispersado, o trânsito liberado e a Polícia Militar deixado o local do protesto.

Na última terça-feira (29), outro protesto reuniu cerca de 300 manifestantes. Com carro de som e faixas, eles fizeram eata pela avenida Beira-Mar e se concentraram na Rua Chafic Murad.

De acordo com o secretário de organização do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Espírito Santo (Sindiupes), Marcelo Castro, uma nova manifestação deve acontecer ainda nesta quarta-feira (30).

Nesta quarta-feira (30), a greve dos professores estaduais completa 22 dias corridos e os alunos do Estado estão prejudicados com 10 dias letivos sem aula. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), cerca de 25% das escolas estão parcial ou totalmente sem aulas.

Reivindicações

A pauta de reivindicações dos professores estaduais em greve possui 14 pontos. Dentre eles está a reposição inflacionária na folha de pagamento, aumento no auxílio alimentação, além de mais investimentos do governo na área da educação.

O ponto que gera mais atrito entre governo e categoria é a reposição inflacionária. Os professores pedem, pelo menos, o aumento de 5,91%, o que corresponde à inflação calculada pelo Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No início do ano, o governo concedeu aumento de 4,5% e diz que não tem como conceder aumento devido a lei eleitoral que proíbe o governo de conceder aumento seis meses antes das eleições. Com o ime, governo e professores não chegam a um acordo.

Cronologia da greve

>> Em março, a categoria entregou uma pauta de reivindicações aos deputados estaduais. Os professores exigem o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada; investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria; votação imediata do Plano Nacional de Educação e a destinação de 10% do PIB para a educação pública; e contra a proposta dos governadores de reajuste do piso somente pelo índice da inflação.

>> No dia 17 março, um protesto realizado pelos professores terminou em conflito com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Serra. Os docentes foram às ruas pedir mais valorização da classe. A polícia exigia que os professores ocuem apenas uma faixa da via. Com a recusa do grupo, a polícia usou spray de pimenta e gás lacrimogêneo.

>> No dia 18 de março, mais de 5 mil professores se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) em uma nova manifestação. Os manifestantes atravessaram a Terceira Ponte e, em seguida, foram para o Hortomercado, em Vitória, onde se reuniram com profissionais de diversos municípios capixabas.

>> Em 8 de abril, após uma assembleia, os profissionais decidiram entrar em greve e pararam o trânsito. Eles se concentraram na Praça Getúlio Vargas, na Capital, e seguiram em caminhada até o Palácio Anchieta.

>> Na última terça-feira (22), a categoria se reuniu com o governo do Estado para discutir as pautas de reivindicações dos professores. A reunião não chegou a nenhum acordo. O Sindiupes diz que o governo não apresentou nenhuma proposta para o fim da paralisação.

>> Na quarta-feira (23), a categoria decidiu em assembleia que a greve continua por tempo indeterminado. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, no momento, cerca de 25% das escolas estaduais estão sem aulas com a paralisação dos professores.

>> No mesmo dia 23, cerca de 1 mil professores saíram em eata em um protesto contra desembargadores que decretaram a greve ilegal. Eles fizeram apitaço e gritaram palavras de ordem. O trânsito ficou completamente parado na região.

>> Em 29 de abril, os professores realizaram uma nova assembleia onde foi decidido que a greve continua por tempo indeterminado e um novo protesto aconteceu. A manifestação reuniu cerca de 300 manifestantes, de acordo com a central de videomonitoramento de Vitória, e percorreu a avenida Vitória, Beira-Mar, até chegar ao Palácio Anchieta, em Vitória.

>> No dia 30 de abril, quando a greve completa 22 dias, cerca de 500 professores fizeram mais uma eata e interditaram o trânsito em diversas vias da Capital. Com carro de som e faixas, os manifestantes aram pela Praça do Papa, na sede da prefeitura de Vitória e terminaram a eata no Palácio Anchieta.