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MPES não descarta medida judicial para impedir cobrança de taxa extra de parto

MPES não descarta medida judicial para impedir cobrança de taxa extra de parto MPES não descarta medida judicial para impedir cobrança de taxa extra de parto MPES não descarta medida judicial para impedir cobrança de taxa extra de parto MPES não descarta medida judicial para impedir cobrança de taxa extra de parto

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio da 35ª Promotoria de Justiça Cível, especializada na Defesa do Consumidor vai apelar ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES)  para que reconsidere a decisão que manteve a cobrança da taxa de parto cobrada por planos de saúde, mas não descarta uma medida judiciária.

A promotora Sandra Lengruber informou que deve se reunir com o desembargador-relator Telêmaco Antunes Filho, que revogou, em novembro do ano ado, a decisão anterior, que havia suspendido o pagamento pelos beneficiários do plano de saúde.

“Temos um pedido de reconsideração agendado e vamos conversar e contamos com a sensibilidade do Poder Judiciário, mas não descartamos também uma medida judiciária”, disse a promotora.

Lengruber disse que  há muitas denúncias, mas não formalizadas, no MPES e no Procon de Vila Velha e de Cariacica de médicos e até mesmo de outras especialidades, além da obstetrícia, que cobram taxas de disponibilidade, como otorrinolaringologistas e ortopedistas.

No mês ado os Procons do Estado se reuniram com as operadoras de planos de saúde para discutir o assunto e elas se posicionaram contrárias a cobrança. “Somente a Unimed foi favorável à cobrança  da taxa de disponibilidade de médicos obstetras”, disse a promotora.

Unimed
A operadora de planos de saúde Unimed se manifestou por nota e informou que “cumpre todas as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e preza por oferecer aos seus clientes um serviço de qualidade. A Cooperativa informa ainda que disponibiliza em seu site uma lista dos médicos que atuam como obstetras pela cooperativa, devidamente cadastrados para a realização de parto sem a cobrança de disponibilidade do médico para emergências aos clientes da Unimed”.
 
A Unimed Vitória oferece a seus usuários estrutura e programas próprios voltados para as grávidas, além de já disponibilizar obstetras plantonistas nas maternidades credenciadas à cooperativa, sem custo adicional à paciente. Ainda com foco neste público, para continuar prestando um atendimento de qualidade a seus clientes, a Unimed Vitória diz que implementou um serviço diferenciado de pré-natal, que funciona nos Centros de Especialidades e oferece atendimento personalizado às grávidas.

Segundo a assessoria, todos os clientes da Unimed Vitória contam com atendimento no Hospital-Dia e Maternidade Unimed Vitória (HDMU), que funciona na antiga sede da Gran Mater, em Vitória. A unidade – que tem capacidade para atender 100% da demanda de obstetrícia da cooperativa – disponibiliza 38 leitos de internação, 15 leitos de tratamento intensivo semi-intensivo neonatal, além de pronto-atendimento 24 horas na área de ginecologia e obstetrícia.”

Abramge
Já a Abramge, associação que representa as operadoras de planos de saúde, esclareceu por nota “que a taxa cobrada por médicos obstetras para acompanhar gestantes não está incluída no Rol de Procedimentos em Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Desta maneira, a entidade ressalta que as operadoras filiadas respeitam todas as regras do órgão regulador”.