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Mesmo com nova regra há quem prefira manter uso da proteção facial

Mesmo com nova regra há quem prefira manter uso da proteção facial Mesmo com nova regra há quem prefira manter uso da proteção facial Mesmo com nova regra há quem prefira manter uso da proteção facial Mesmo com nova regra há quem prefira manter uso da proteção facial

O decreto do governo paulista que retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais para lugares abertos dividiu opiniões. Apesar da liberação, há quem não pretenda abrir mão do equipamento neste momento no qual o Brasil tem média móvel diária superior a 500 mortes por covid-19.

Andréia de Moura, de 34 anos, pretende continuar usando máscara nas ruas. “Vou manter por enquanto. Ainda não me sinto 100% segura e tenho imunidade baixa. É um cuidado meu e também acho que é um cuidado com as outras pessoas. É um item que já faz parte da minha rotina”, conta a artista visual.

Ela explica que até tomar a segunda dose da vacina ainda utilizava o face shield, aquela proteção plástica que é presa na testa e fica por cima da máscara, como um visor transparente. “No meu bairro, o povo me olhava estranho mesmo. Por causa disso, até coloquei uma ilustração minha assim nos meus perfis nas redes sociais.”

Mas a nova determinação do governo estadual trouxe alívio para algumas pessoas, como o fotógrafo Pedro Henrique Vite, de 23 anos. Ele confessa que já não utilizava muito o equipamento antes, quando estava ao ar livre. “Para mim a máscara quase nunca existiu. Até peguei covid e mesmo assim não consigo usar nas ruas. Em ambiente fechado sempre coloco, como no trabalho, mas na rua não consigo”, afirma.

DEBATE NAS ESCOLAS

O decreto publicado ontem no Diário Oficial determina que nas escolas crianças e adolescentes permaneçam utilizando as máscaras nos espaços fechados, como as salas de aula, mas poderão retirar para as atividades ao ar livre. O Colégio Equipe, em Higienópolis, região central da capital, informou que continuará exigindo máscaras em toda a escola.

“Nossa estrutura física tem poucos espaços abertos. Nossa assessoria médica não considera prudente abandonar o uso de máscara”, disse a diretora Luciana Fevorini. Segundo ela, nem todos os alunos estão vacinados ainda porque tiveram covid recentemente e não puderam ser imunizados. “Não tem sido um problema o uso para nossa comunidade.” O colégio também foi um dos últimos a voltar ao ensino presencial e enfrenta resistência de grupos de pais que discordam das posições da direção.

Muitas escolas ainda estavam decidindo o que fazer após o anúncio do governo paulista e consultando assessorias de saúde para saber em que ambientes as máscaras podem ser liberadas. O Colégio Bandeirantes, que fica no Paraíso, enviou comunicado aos pais retirando a obrigatoriedade do uso de máscaras nas áreas externas. “Os alunos já souberam e começaram a tirar no intervalo”, conta o gerente de desenvolvimento humano e operações, Guilherme Aguiar.

O colégio consultou o Hospital Sírio-Libanês, que faz assessoria à escola nos protocolos de covid, e mapeou as áreas onde a máscara não será mais exigida. As aulas no ginásio de esportes, mesmo sendo ventilado, continuarão com a proteção. No pátio, cantina e na quadra externa, está liberada.

O Colégio Santa Cruz, localizado no Alto de Pinheiros, vai comunicar hoje os estudantes sobre o novo protocolo e a partir de amanhã liberará as máscaras nas áreas externas da escola.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.