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Estado ganhará 270 mil metros de terra do Rio de Janeiro após mudança no mapa

O relatório foi confeccionado pelo IBGE a partir de um trabalho de campo realizado pelas três instituições no início de 2014. O documento expõe o histórico das divisas entre os Estados

Estado ganhará 270 mil metros de terra do Rio de Janeiro após mudança no mapa Estado ganhará 270 mil metros de terra do Rio de Janeiro após mudança no mapa Estado ganhará 270 mil metros de terra do Rio de Janeiro após mudança no mapa Estado ganhará 270 mil metros de terra do Rio de Janeiro após mudança no mapa
Representantes dos órgãos se reuniram para redefinir limites do Rio Itabapoana  Foto: Divulgação/Governo

O Espírito Santo vai ganhar 27 hectares em sua área territorial após um relatório elaborado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Coordenadoria de Geoprocessamento e Cartografia da Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) redefinir a linha de limite do Rio Itabapoana, localizado na divisa do Estado com o Rio de Janeiro. O documento agora aguarda homologação da Junta de Conciliação e Arbitragem da Advocacia Geral da União.

O relatório foi confeccionado pelo IBGE a partir de um trabalho de campo realizado pelas três instituições no início de 2014. O documento expõe o histórico das divisas entre os Estados desde a colonização, além de apontar as alterações de áreas ao longo da linha limítrofe decorrentes da retificação (alinhamento) do Rio Itabapoana, ocorrida no início da década de 1970.

Com o ajuste da linha de divisa, o Espírito Santo terá um acréscimo de 27 hectares em sua área, nos municípios de Presidente Kennedy e Mimoso do Sul. Não há moradores no local, que se caracteriza por áreas de pastagem e extensão de propriedades rurais do entorno.

Para o chefe do Departamento de Terras e Cartografia do Idaf, Robson de Almeida Britto, consolidar o ajuste da divisa interestadual com o Rio de Janeiro é um o importante na política cartográfica desenvolvida pelo Instituto. “Hoje, com as novas geotecnologias, boa parte dos serviços prestados pelo Estado à população necessitam de um mapa preciso que indique a real localização dos empreendimentos, sejam eles uma propriedade rural ou uma indústria. Isso interfere diretamente na emissão de licenças, no registro imobiliário, na arrecadação e na destinação de recursos. O aperfeiçoamento das nossas linhas de divisas e a unificação de traçado com os nossos vizinhos cariocas e mineiros dá precisão aos trabalhos desenvolvidos”.

No último mês uma polêmica envolvendo a entrada do Parque Caparaó que mudaria de local gerou mal estar entre capixabas e mineiros. De todas as mudanças propostas pelo IDAF aos cartógrafos mineiros, a única que gerou divergências foi a do estabelecimento da divisa no município de Dores do Rio Preto, na região do Caparaó. “A divisa na região é estabelecida pelo Rio Preto. Só que o curso do rio se divide em dois córregos em sua nascente; Minas Gerais reconhece um córrego como limite e o mapa capixaba considera o outro”, explicou o chefe de Geografia e Cartografia do Idaf, Vailson Schneider,. O especialista ressaltou, ainda, que o mapa nacional do IBGE converge com o do Estado.