Geral

Dono de terreno ocupado em São Paulo quer saída de famílias

Dono de terreno ocupado em São Paulo quer saída de famílias Dono de terreno ocupado em São Paulo quer saída de famílias Dono de terreno ocupado em São Paulo quer saída de famílias Dono de terreno ocupado em São Paulo quer saída de famílias

São Paulo – Dona do terreno da ocupação Copa do Povo, no Parque do Carmo, zona leste de São Paulo, a Viver Empreendimentos informou ontem estar tomando “medidas cabíveis” para tentar retirar as cerca de 2 mil famílias que montaram barracos nos últimos quatro dias na área, avaliada em R$ 589 milhões. Até as 19h de ontem, 6, porém, nenhum pedido de reintegração de posse havia chegado à Justiça.

A Viver (antiga Construtora Inpar) diz também não ter dívidas de impostos com a Prefeitura. A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) estuda comprar a área e construir conjuntos habitacionais para as famílias que estão nos barracos.

A empresa é proprietária de terrenos com valor estimado em R$ 3,9 bilhões, segundo seu balanço divulgado na Comissão de Valores Imobiliários (CVM) em dezembro de 2013. Mas, com dezenas de empreendimentos da antiga Inpar com entrega atrasada desde 2012, a construtora teve prejuízo de R$ 52 milhões no ano ado. A venda do terreno na zona leste era uma das apostas para o saneamento das dívidas.

Para técnicos do governo, a empresa deve pedir a reintegração de posse para tentar levar a Prefeitura a desapropriar a área. Se for levado em conta que o preço médio do metro quadrado em Itaquera é de R$ 3,8 mil, o valor do terreno pode chegar a R$ 589 milhões – quase 10% de tudo o que a Prefeitura tem para fazer em novos investimentos em 2014.

Mundial

Organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), a Copa do Povo está a 4 km da futura Arena Corinthians, que receberá, no dia 12 de junho, a partida de abertura da Copa, entre Brasil e Croácia. Desde janeiro, a iminência do torneio fez explodir o preço dos imóveis na região.

Muitas famílias que invadiram o terreno na Rua Malmequer do Campo dizem não ter mais como pagar aluguel. Elas vão pressionar a Câmara Municipal para incluir, na segunda votação do Plano Diretor, uma emenda que garanta a desapropriação da área e a construção de casas populares.