Geral

Depois de Manaus, Saúde amplia vagas do 'Mais Médicos' para interior do AM

O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso em virtude do agravamento da pandemia de covid-19 na cidade

Depois de Manaus, Saúde amplia vagas do ‘Mais Médicos’ para interior do AM Depois de Manaus, Saúde amplia vagas do ‘Mais Médicos’ para interior do AM Depois de Manaus, Saúde amplia vagas do ‘Mais Médicos’ para interior do AM Depois de Manaus, Saúde amplia vagas do ‘Mais Médicos’ para interior do AM
Foto: Pixabay

O Ministério da Saúde autorizou a ampliação “emergencial e temporária” de 15 vagas no Programa Mais Médicos para atender municípios do interior do Amazonas. O aval e o edital para o chamamento público dos profissionais foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 26. No último dia 19, o governo já havia liberado 72 vagas adicionais no programa para atuação em Manaus. A ampliação é válida por um período improrrogável de um ano.

O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso em virtude do agravamento da pandemia de covid-19 na cidade. A situação na capital amazonense piorou muito na segunda semana do mês de janeiro, quando começou a faltar oxigênio hospitalar para tratar pacientes, o que provocou mortes por asfixia e obrigou a transferência de doentes para outros Estados.

A explosão dos casos de covid-19 também é atribuída a uma nova variante do vírus que circula no Amazonas. A quadro caótico agora não se concentra apenas na capital Manaus – e outras cidades do Estado já sofrem com a crise. O edital do Ministério da Saúde prevê envio dos médicos selecionados para nove municípios: Anamã, Codajás, Fonte Boa, Humaitá, Juruá, Lábrea, Manicoré, Tabatinga e Tefé.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, está em Manaus desde o último fim de semana. Ele viajou depois que a Procuradoria-Geral da República pediu um inquérito contra ele para investigar sua atuação no colapso de saúde na capital do Amazonas. Na segunda-feira (25), o Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou a investigação. O inquérito deve apurar se houve omissão do governo federal na crise de Manaus. O próprio governo federal itiu ao Supremo que soube da iminente falta de oxigênio em Manaus no dia 8 de janeiro, uma semana antes do colapso na cidade.

A nova viagem do general a Manaus também ocorre depois de uma primeira agem do ministro pela cidade que ficou marcada pela pressão pelo uso de medicamentos sem eficácia contra a covid-19, como a cloroquina. Dessa vez, Pazuello não tem data para deixar a cidade, ele deve ficar por lá “o tempo que for necessário”, segundo informou o ministério.