Geral

Crimes atribuídos ao filho de Petro somam 30 anos de cadeia

Crimes atribuídos ao filho de Petro somam 30 anos de cadeia Crimes atribuídos ao filho de Petro somam 30 anos de cadeia Crimes atribuídos ao filho de Petro somam 30 anos de cadeia Crimes atribuídos ao filho de Petro somam 30 anos de cadeia

As acusações de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito contra Nicolás Petro, filho mais velho do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, somam 30 anos de cadeia. Preso no sábado com Daysuris del Carmen Vásquez, sua ex-mulher, Nicolás é investigado pelo recebimento de dinheiro que teria como destino a campanha presidencial do pai, mas que foi gasto em despesas pessoais, segundo as investigações.

No apartamento dele, onde foi preso, em Barranquilla, o Ministério Público também apreendeu cerca de R$ 29 mil em espécie e aparelhos eletrônicos, segundo a imprensa colombiana.

Ontem, os dois participaram de audiências de custódia que mantiveram as prisões, realizadas cerca de cinco meses após o início das investigações. Elas tiveram início após Day Vásquez, como é conhecida a ex-esposa de Nicolás, denunciá-lo à imprensa local. O filho do presidente elogiou a investigação quando ela começou início, mas chamou as acusações da ex-mulher de infundadas.

Segundo Vásquez, ele recebeu 400 milhões de pesos colombianos de um empresário que tem relações com grupos paramilitares, conhecido como “Hilsaka Turk”, e outros 600 milhões de um narcotraficante condenado nos Estados Unidos, identificado como Samuel Santander Lopesierra, o “Homem Marlboro”. Somada, a quantia equivale a R$ 1 milhão.

Ainda de acordo com a denúncia, Gustavo Petro não tinha conhecimento dos negócios do filho. Após a prisão, o presidente colombiano lamentou o episódio e assegurou que o Ministério Público terá total independência para prosseguir com a investigação. “Como pessoa e como pai, me machuca muito tanta autodestruição e o fato de um dos meus filhos ir para a cadeia”, escreveu na rede social X, o antigo Twitter. “Como presidente da República, asseguro que o Ministério Público tem todas as garantias da minha parte para proceder nos termos da lei.”

CONSEQUÊNCIAS

A prisão de Nicolás acontece há poucos meses das eleições regionais da Colômbia, marcadas para outubro. Políticos do grupo que elegeu Petro, o Pacto Histórico, foram a público para blindar o presidente e pedir que a prisão do seu filho não seja politizada.

O senador Inti Asprilla, próximo ao presidente, declarou que a decisão de prender Nicolás foi descabida, já que ele não estava foragido e nem tinha antecedentes criminais.

O candidato a prefeito de Bogotá pelo Pacto Histórico, Gustavo Bolívar, também criticou a prisão, dizendo que ela não ava de um “circo eleitoral”. “Um jovem que não estava fugindo da Justiça não merecia um show como o montado pelo promotor”, declarou à imprensa local.

A oposição aproveitou a prisão para questionar, mais uma vez, as possíveis irregularidades na campanha de Petro. As suspeitas têm crescido desde que áudios supostamente enviados pelo coordenador da campanha presidencial, Armando Benedetti, à então chefe de gabinete da Presidência, Laura Sarabia, vazaram com ameaças de revelar um esquema de financiamento ilegal. Petro afirma que a campanha foi lícita e demitiu tanto Benedetti, que estava atuando como embaixador na Venezuela, quanto Sarabia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.