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Autoridades venezuelanas entregam corpo de detido durante protestos que morreu na prisão

Autoridades venezuelanas entregam corpo de detido durante protestos que morreu na prisão Autoridades venezuelanas entregam corpo de detido durante protestos que morreu na prisão Autoridades venezuelanas entregam corpo de detido durante protestos que morreu na prisão Autoridades venezuelanas entregam corpo de detido durante protestos que morreu na prisão

O corpo de Jesús Álvarez, que foi detido nos protestos contra a reeleição do ditador Nicolás Maduro na Venezuela e morreu na quinta-feira, 12, na prisão, foi entregue aos seus familiares, após as autoridades negarem seu falecimento, informaram neste domingo, 15, uma ONG e um comitê de familiares de presos políticos.

Seu filho, também chamado Jesús Álvarez, recebeu o corpo na noite de sábado, 14, confirmou à agência AFP um porta-voz do Observatório Venezuelano de Prisões. “Ele foi escoltado por funcionários” até o local onde seu pai será sepultado, indicou a fonte.

As causas da morte ainda são desconhecidas. O filho, que soube do falecimento pelas redes sociais, havia denunciado na véspera que as autoridades do presídio onde seu pai estava, a prisão de máxima segurança de Tocuyito (Carabobo, centro do país), haviam negado a existência de um morto quando ele foi verificar a notícia pessoalmente na prisão.

O jovem disse à AFP no sábado que confirmou a morte por meio de uma fotografia que lhe foi mostrada pelo serviço de medicina forense do hospital central de Carabobo.

O corpo “encontra-se em estado avançado de decomposição”, informou na rede social X o Comitê pela Liberdade dos Presos Políticos, formado por familiares de reclusos. A mãe do jovem também está presa.

Álvarez é o segundo detido nos protestos contra a reeleição de Maduro que morre sob custódia das autoridades. A reação do governo aos protestos deixou 27 mortos e quase 200 feridos.

O primeiro foi Jesús Manuel Martínez, de 36 anos e membro do partido da líder opositora María Corina Machado.

Mais de 2,4 mil pessoas foram presas nos protestos contra a proclamação da vitória de Maduro para um terceiro mandato presidencial de seis anos, apesar das denúncias de fraude por parte da oposição.

As autoridades informaram sobre a libertação de cerca de 300 indivíduos, embora a ONG Foro Penal, que defende “presos políticos”, tenha conseguido registrar apenas cerca de 213, incluindo adolescentes.

Os familiares dos detidos denunciam que seus parentes são vítimas de tortura, maus-tratos e sofrem com a falta de alimentos.

Na semana ada, o governo de Maduro anunciou a libertação de 103 pessoas detidas durante as manifestações, elevando o número oficial de pessoas libertadas para 328 desde o fim de novembro.