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Audiência pública em Vitória discute 'PL do veneno', que será votada na câmara em outubro

coordenadora do Fórum Espírito Santense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos diz que deve ser analisada a saúde do consumidor, do trabalhador rural e da população em geral

Audiência pública em Vitória discute ‘PL do veneno’, que será votada na câmara em outubro Audiência pública em Vitória discute ‘PL do veneno’, que será votada na câmara em outubro Audiência pública em Vitória discute ‘PL do veneno’, que será votada na câmara em outubro Audiência pública em Vitória discute ‘PL do veneno’, que será votada na câmara em outubro
Foto: Divulgação
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Brasil lidera o ranking de consumo de agrotóxicos no mundo

Na tarde desta segunda-feira (24), o Fórum Espírito Santense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (Fesciat) realizou uma audiência pública para debater o Projeto de Lei de Nº 6.299, proposto em 2002, conhecido também como ‘PL do veneno’. 

Representantes de entidades relacionadas a questão dos agrotóxicos no estado participaram do evento. Em entrevista à equipe de reportagem da TV Vitória, o Superintendente Federal de Agricultura no Espírito Santo, Dimmy Barbosa, apontou problemas nos registos de agrotóxicos utilizados em pequenas culturas, ou seja, produções agrícolas de consumo em menor escala.

A coordenadora do Fórum Espírito Santense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos, Sandra Lengruber, disse que uma alteração proposta pela PL que merece atenção especial é a possibilidade de tornar dispensável a prescrição feita por um agrônomo para a aquisição de determinadas substâncias que ainda são analisadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A coordenadora acrescentou que deve ser analisada a saúde do consumidor, do trabalhador rural e da população em gera

PL do veneno

O Projeto de Lei de Nº 6.299, proposto em 2002, conhecido também como ‘PL do veneno’ é uma proposta do atual ministro da agricultura, Blairo Maggi, do Partido Progressista (PP) e sugere uma série de mudanças na lei dos agrotóxicos atual, que vigora desde 1989. 

A previsão é de que a Câmara dos deputados vote o projeto de lei no próximo mês, após as eleições. O projeto de lei visa facilitar o uso de agrotóxicos no Brasil, que já lidera o ranking de consumo de agrotóxicos no mundo. A proposta prevê que os defensivos agrícolas possam ser liberados pelo Ministério da Agricultura mesmo se órgãos reguladores, como Ibama e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não tiverem concluído suas análises. A PL considera também a expressão “agrotóxicos’ como pejorativa e sugere a mudança do termo para “produtos fitossanitários” ou “produtos de controle ambiental”.