Até o ano de 2029, o Espírito Santo deve receber R$ 120 bilhões de investimentos. É o que apontam os dados preliminares do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) para a Carteira de Investimentos Anunciados e Concluídos 2024-2029. O estudo, elaborado pela Coordenação de Estudos Econômicos, leva em conta os empreendimentos com valor igual ou superior a R$ 1 milhão e inclui projetos em execução e em oportunidades nos setores públicos e privados. Os dados finais devem ser divulgados em julho.
70% dos investimentos estão fora da região metropolitana, aponta diretor-presidente
Pablo Lira, diretor-presidente do IJSN, aponta que o desempenho apresentado na nova carteira evidencia um cenário econômico de estabilidade no Espírito Santo.
“Hoje, o estado trabalha o equilíbrio das contas públicas como propulsor do desenvolvimento. Os investimentos privados, quando somados ao equilíbrio das contas públicas e ao crescimento econômico acima da média nacional, evidenciam um cenário favorável à atração e ampliação de investimentos no Espírito Santo”, completa.
Segundo os dados preliminares, o novo período analisado totaliza cerca de 1100 projetos. A maioria, de acordo com o diretor-presidente, são ligados à indústria, mas projetos de outros setores da economia também têm ganhado espaço.
“Destacam-se investimentos como o da Petrobras, que sai de R$ 25 bilhões para R$ 35 bilhões; e o da ES Gás, que anunciou R$ 1 bilhão de investimentos no Espírito Santo. Historicamente a indústria tem um peso muito grande nos investimentos realizados no Espírito Santo, mas projetos do segmento logístico, imobiliário e de turismo têm crescido ao longo dos anos. São investimentos recordes”, afirma.
Entre os projetos também destacados por Lira está o de Aeroportos Regionais em cidades como Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e, agora, o das Montanhas Capixabas.
“De 2019 a 2024, foram investidos mais de R$ 17 bilhões para a construção dos aeroportos regionais, que também impulsionam outros investimentos logísticos, por exemplo. O que a gente percebe, é que enquanto os investimentos privados ficam mais concentrados na faixa litorânea do estado, os públicos contrabalanceiam ao direcionar investimentos para outras microrregiões, contribuindo para a maior desenvolvimento regional do estado”, completa.
De acordo com o diretor-presidente, desde a última carteira anunciada, a região não metropolitana do estado concentra a maior parte dos investimentos – tendência que deve se manter na carteira atualizada com uma média acima de 70%.
Os dados oficiais devem ser divulgados em meados de julho, durante uma série de eventos comemorativos aos 50 anos do IJSN.