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Uefa pede para Comissão Europeia também proibir fundos de terem jogadores

A Uefa e o sindicato profissional dos jogadores, o FIFPro, pretendem reforçar a proibição que impede investidores a possuírem os direitos econômicos de jogadores

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Nyon – A Uefa e o sindicato profissional dos jogadores, o FIFPro, pretendem reforçar a proibição que impede investidores a possuírem os direitos econômicos de jogadores, que entrará em vigor no dia 1º de maio, de forma gradual, através de regulamentação da Fifa sobre a chamada propriedade de terceiros de jogadores (TPO, na sigla em inglês).

Nesta quarta-feira, o FIFPro e a Uefa explicaram que apresentaram conjuntamente uma ação judicial pedindo para que a Comissão Europeia também proíba a TPO. A solicitação se choca com uma ação anterior apresentada para a comissão contra a proibição imposta pela Fifa que foi apresentada pelas ligas da Espanha e de Portugal, países onde esse modelo de investimento é popular.

“A propriedade de jogadores por terceiros é uma espécie de escravidão moderna, onde você vê jogadores pertencentes a fundos de investimento, ou a outras, geralmente não identificadas, pessoas jurídicas”, disse o secretário-geral da Uefa, Gianni Infantino, através de um comunicado.

Gianni Infanbtino diz que propriedade de jogadores por terceiros é a escravidão moderna Foto: Divulgação

O FIFPro disse que a ação, se for bem-sucedida, “garante que qualquer potencial lacuna e janela para driblar as novas regras apresentadas pela Fifa estarão fechadas”.

A propriedade de terceiros de jogadores já é proibida em alguns países europeus, mas é muito usada por clubes e empresários no futebol espanhol, português e também na América Latina, inclusive no Brasil. Os defensores dessa prática afirmam que ela permite aos clubes contratarem jogadores que estariam iníveis de outra forma.

A ação das ligas da Espanha e de Portugal argumenta que a proibição da Fifa “viola regras que protegem a competição” e atinge os clubes com “menos recursos econômicos”.

Já os críticos dizem que a TPO encoraja os jogadores a serem negociados para a realização de lucros e ameaça a integridade do futebol. A Fifa concordou em banir a prática depois de uma campanha de dois anos da Uefa.