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Pressionado pelo COI, Gafur Rakhimov renuncia ao cargo de presidente da Aiba

Pressionado pelo COI, Gafur Rakhimov renuncia ao cargo de presidente da Aiba Pressionado pelo COI, Gafur Rakhimov renuncia ao cargo de presidente da Aiba Pressionado pelo COI, Gafur Rakhimov renuncia ao cargo de presidente da Aiba Pressionado pelo COI, Gafur Rakhimov renuncia ao cargo de presidente da Aiba

O usbeque Gafur Rakhimov anunciou nesta sexta-feira a sua renúncia do cargo de presidente da Associação de Boxe Amador (Aiba, na sigla em inglês) ao alegar que “discussões de base política” estavam prejudicando o processo de alterações no programa olímpico da entidade.

Rakhimov, de 67 anos, foi eleito em novembro ado, apesar de ter o seu nome em uma lista de criminosos do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. O dirigente é acusado de “fornecer material de apoio” para organizações criminosas ligadas ao tráfico de heroína e de armas, o que causou preocupação ao Comitê Olímpico Internacional (COI).

A entidade que dirige o esporte olímpico ameaçou retirar o boxe dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 se Rakhimov permanecesse no cargo. Em novembro, o Conselho Executivo do COI revelou que o planejamento para o torneio de boxe olímpico estava congelado e contatos suspensos entre a Aiba e o Comitê Organizador de Tóquio-2020.

“Eu realmente esperava e acreditava que esporte e política poderiam ser separados. As discussões baseadas na política prejudicaram os progressos realizados ao longo de todo o tempo”, disse Rakhimov, em um comunicado oficial. “Mais uma vez, como afirmei anteriormente em várias ocasiões, atesto e confirmo que as alegações contra mim foram fabricadas e baseadas em mentiras politicamente motivadas. Eu confio que a verdade prevalecerá”.

Rakhimov revelou que será nomeado um substituto nos próximos dias. “Eu sempre disse que nunca me colocaria acima do boxe. Eu tenho o dever de fazer tudo que eu puder para servir nosso esporte e nossos atletas”, comentou.

No mês ado, a Aiba informou que a sua dívida foi reduzida de US$ 18 milhões (R$ 70 milhões) no ano ado para US$ 15,6 milhões (R$ 60,6 milhões) este ano. “Estou convencido de que todas as boas iniciativas que foram implementadas neste último ano servirão como uma motivação para continuarmos a fortalecer nosso esporte no futuro”, acrescentou Rakhimov.

O boxe é disputado em Olimpíadas desde os Jogos de Saint Louis, nos Estados Unidos, em 1904. Só não teve participação em Estocolmo-1908, na Suécia, porque existia uma lei na cidade que proibia a prática da modalidade.