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MP do TCU quer informações sobre financiamento da Caixa ao estádio do Corinthians

MP do TCU quer informações sobre financiamento da Caixa ao estádio do Corinthians MP do TCU quer informações sobre financiamento da Caixa ao estádio do Corinthians MP do TCU quer informações sobre financiamento da Caixa ao estádio do Corinthians MP do TCU quer informações sobre financiamento da Caixa ao estádio do Corinthians

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) ingressou com uma representação no órgão que cobra informações sobre negociações envolvendo a Caixa Econômica Federal e o Corinthians, que estariam estudando ampliar o prazo de carência no pagamento do financiamento da Neo Química Arena, o estádio do time paulista, em São Paulo.

Nos últimos dias, o site GE.com informou que o Corinthians e a Caixa estão negociando uma ampliação na carência do financiamento da Neo Química Arena. Estava previsto que o clube quitaria as parcelas até o fim deste ano, mas o prazo pode ser adiado para 2023.

De acordo com o procurador Lucas Rocha Furtado, o TCU precisa investigar os impactos financeiros aos cofres públicos de uma eventual prorrogação de contrato, tendo em vista que a dívida atual, de R$ 569 milhões, pode crescer, já que as parcelas serão reajustadas anualmente em 3,4% e corrigidas pela TJLP (taxa de juros de longo prazo). De acordo com o MP, valores milionários que envolvem dinheiro público “não podem ser tratados com tamanha informalidade”.

“Cumpre notar que o capital da Caixa é integralmente público! Sendo assim, há clara lesão pelo Sport Club Corinthians Paulista ao não honrar seus compromissos contratuais com a instituição financeira pública”, assinalou o procurador. “Bem como há claro descumprimentos de princípios istrativos básicos como o do formalismo e da transparência”, escreveu o procurador na ação.

Ele pede que a área técnica do TCU apure tanto os impactos financeiros aos cofres públicos caso a negociação avance, como também, em caráter cautelar, solicita a cópia do contrato de financiamento do estádio do Corinthians, financiado pela Caixa. Caso não exista esse documento, o procurador quer que se investigue quem é responsável pela “suposta irregularidade”.

Para ele, além do “vultuoso (sic) montante da dívida”, chama atenção “o fato de que, aparentemente, até o momento, o assunto está sendo tratado com um mero acordo verbal”. O processo será agora distribuído a algum ministro, que decidirá sobre o pedido do Ministério Público. Procurados, o Corinthians e a Caixa Econômica Federal ainda não se manifestaram.