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Joias raras! Jovens do Estado são destaque na Copa Brasil de Marcha Atlética

Medalhista de ouro, Davi Silva, de 15 anos, recebe elogios e conselhos do ídolo Caio Bomfim, e Amanda Nascimento, 13 anos, de Iconha, vai ao pódio na categoria sub-16

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Foto: Lucas Dantas/CBAt
Davi Gabriel Bastos da Silva, de 15 anos, foi o campeão da prova de 10km na categoria sub-18

Medalhista de bronze no Mundial de Budapeste/2023 e atleta olímpico, já classificado para os Jogos de Paris/2024, o brasiliense Caio Bomfim, 32 anos, é o maior nome da história da marcha atlética do Brasil, com 13 títulos da Copa Brasil e uma dezena de outras conquistas expressivas. Mas quem seria o seu sucessor nessa modalidade? Bom, nas palavras da própria equipe do brasiliense, um capixaba é o principal candidato.

Davi Gabriel Bastos da Silva, de 15 anos, é uma joia do atletismo capixaba e nacional. No domingo (18), ele iniciou a temporada com o título da Copa Brasil de Marcha Atlética na categoria sub-18, na praia de Camburi, em Vitória, na prova de 10km, com o tempo de 51min38, competindo com atletas mais velhos do que ele.

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A maior conquista, no entanto, talvez nem tenha sido a medalha de ouro, mas sim os elogios e os conselhos que o capixaba recebeu do seu maior ídolo, justamente Caio Bomfim.

“O Caio conversou comigo durante a minha prova. Eu já tinha completado 8km e faltavam só mais 2km e ele estava me dando um apoio. Me chamou e eu olhei pro lado e ele disse ‘Bora, Davi, coloca na sua cabeça que a parte mais difícil você já fez. Agora, olha pra frente e vai ganhando a prova!”, contou Davi, que teve o ídolo praticamente como “personal” durante parte da prova.

Ele disse também: “Seus braços estão ótimos, agora só encurtar a sua ada e olhar pro seu objetivo”.

Foto: Lucas Dantas/CBAt

Davi também ouviu comparações com o ídolo. E, mesmo aos 15 anos, mostra maturidade para lidar com a situação. “O próprio pai dele falou isso comigo, que eu sou o próximo Caio Bomfim. E o Caio me deu uns conselhos.”

Currículo expressivo

Atleta da Estação Conhecimento, da Serra, Davi já tem um currículo expressivo. No ano ado, ele foi campeão dos Jogos da Juventude, conquistando a primeira medalha de ouro da história da marcha atlética na competição. Venceu também o Brasileiro Sub-16 e foi prata no Brasileiro Sub-18. Em ascensão, ele entende que virar um atleta profissional já é uma realidade bem próxima.

“Sim, é isso. A cada conquista, eu falo ao meu treinador “’Mais um degrau de um grande sonho’. Eu sei que estou trilhando um caminho certo e que tem muito trilho pela frente ainda!”, avalia a joia, que tem Diogo Mello como treinador.

A Estação Conhecimento, equipe de Davi, ficou com os títulos por equipes nas categorias sub-18 e sub-16 masculino.

Medalha e emoção também no feminino

Foto: Lucas Dantas/CBAt
Amanda com a medalha e o pai, Cassimiro

Amanda Antonia Shunck do Nascimento, 13 anos, foi outra capixaba a subir no pódio da Copa Brasil de Marcha Atlética.

Atleta da Associação Papa Léguas do ES/Prefeitura de Iconha, ela foi medalhista de bronze na prova dos 3km sub-16, com o tempo de 17min57, atrás de Mychelle de Souza (DF) e Jullya Lisboa (DF).

Também competindo com atletas mais velhas, a capixaba foi um dos destaques da competição.

“Essa medalha representa um grande sonho realizado, depois de muito tempo de treinos, e me fez pensar que eu posso ir muito além disso”, comemorou Amanda, que nesta segunda-feira (19) de manhã já estava no colégio, em Iconha, sem tempo de descanso.

Amanda aprendeu a marchar ainda mais jovem, com o pai, Cassimiro.

“Eu aprendi a marcha atlética quando eu tinha sete anos. Meu pai era professor e, depois, eu conheci o professor Diogo (Mello), que também me incentivou.”

Pai e treinador, Cassimiro Filho não esconde a emoção pela conquista da filha.

“Convivi com as emoções dela ontem (domingo). Ela faz 14 anos em novembro e competiu na categoria sub-16. Ela treinou muito pra essa competição, mas na semana da prova teve que ser medicada, com dor de garganta, mas houve tempo pra ela se recuperar. Um evento nível Brasil e ela teve o seu destaque. Sou pai e treinador, sou um pouco rígido com ela, um pouco bravo, até mesmo para ter a disciplina de atleta. Mas valeu a pena”, contou o pai e treinador.

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