Esportes

Jogadoras de futebol do ES denunciam machismo e homofobia

As atletas alegam terem sido intimidadas por homens que queriam jogar bola no horário em que elas haviam agendado para treinar, em Barra de São Francisco

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Foto: Freepik

Um caso envolvendo uma denúncia de machismo e homofobia contra jogadoras de futebol no município de Barra de São Francisco, região Noroeste do Espírito Santo, está sendo investigado pela Polícia Civil.

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Segundo informações que constam no boletim policial que a reportagem do Folha Vitória teve o, a equipe de futebol feminino estava treinando no Estádio Municipal Joaquim Alves de Souza, em Barra de São Francisco, com a autorização da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do município.

O treino foi realizado na última quarta-feira (13) e a autorização da secretaria dava direito a um treino até 20h30.

Por volta das 19h30, a equipe master de futebol masculino entrou no campo antes do horário marcado. De acordo com o relato das jogadoras presente no boletim, o objetivo dos homens seria fazer uma intimidação do time feminino para que elas saíssem do campo.

Para essa intimidação, segundo o boletim, os jogadores utilizaram palavras de baixo calão, além de ofensas machistas e homofóbicas direcionadas às jogadoras.

Segundo apresentado no boletim, entre as frases ditas, estavam ofensas como: “O que essas mulheres estão fazendo aqui?”; “Deveriam estar em casa lavando vasilhas”; “Campo de futebol não é lugar de mulher”; “Bando de sapatão”; “Não vai conseguir fazer a gente engolir esse futebol feminino”.

Jogadoras enviaram ofício para a prefeitura

A reportagem do Folha Vitória também teve o a um ofício que foi enviado pelas jogadoras ao prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos. No documento, o time pede que a prefeitura tome providências acerca da situação.

“Posto isto, solicitamos a Vossa Excelência por meio deste documento, que sejam tomadas devidas providências para que eventualidades como aos quais foram transcritos neste documento, não voltem a acontecer em nossa cidade”, consta um trecho do documento que foi assinado pela treinadora do time e pelas jogadoras.

A reportagem do Folha Vitória procurou a Polícia Civil para saber mais detalhes do caso e das investigações, mas até o momento não obteve retorno. 

O prefeito Enivaldo dos Anjos também não foi localizado para comentar o assunto. Assim que houver manifestação, este conteúdo será atualizado.