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Federação Paulista tenta convencer governo estadual que futebol tem de continuar

Por determinação do governador, o Estado de São Paulo entre a partir desta segunda, até o dia 30, em fase de emergência, acima da fase vermelha decretada no dia 6 de março

Federação Paulista tenta convencer governo estadual que futebol tem de continuar Federação Paulista tenta convencer governo estadual que futebol tem de continuar Federação Paulista tenta convencer governo estadual que futebol tem de continuar Federação Paulista tenta convencer governo estadual que futebol tem de continuar
Foto: Reprodução/Pexels

No primeiro dia de paralisação do futebol em São Paulo, após orientação do governador João Doria, a Federação Paulista (FPF), membros do Ministério Público, do próprio governo e representantes dos clubes do Paulistão se reúnem nesta segunda-feira, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, para tentar derrubar a medida.

O argumento da FPF é simples: a modalidade está protegida da pandemia de covid-19 por fazer testes com regularidade e por apresentar baixo índice de contaminação pelo novo coronavírus.

A FPF vai tentar provar que o problema do aumento da pandemia e das mortes em São Paulo nada tem a ver com o futebol. Vai se valer do argumento de que os jogadores fazem testes semanalmente e são mantidos em agendas de treinamentos e jogos, de modo a evitar que fiquem livres para quebrar o isolamento pedido pelas autoridades do Estado.

Por determinação do governador, o Estado de São Paulo entre a partir desta segunda, até o dia 30, em fase de emergência, acima da fase vermelha decretada no dia 6 de março. A medida para combater o avanço da pandemia e desafogar os leitos de UTI nos hospitais públicos e privados determinou que partidas de futebol e de qualquer outra modalidade, além de missas e cultos religiosos devem ser paralisados.

Portanto, o Campeonato Paulista não deve mais ser jogado até o fim do mês. Isso vale para qualquer torneio de futebol realizado em São Paulo, como Copa Libertadores e Copa do Brasil, as outras competições em andamento no Estado.

Um dia antes do anúncio do governo, a CBF apresentou balanço positivo do futebol de 2020 no combate à doença, com seus protocolos e cartilha de boas condutas frente à covid-19. Informou que quase 90 mil testes PCR foram realizados em pouco mais de 13 mil jogadores durante a temporada e que “apenas” 2% deles deram positivo. Comentou ainda que os surtos nos times ocorreram mais por descuido social dos próprios contaminados do que propriamente erro na conduta das instituições e torneios.

O futebol vai tentar ar a mensagem de que ele é feito de maneira segura e responsável, de modo a não interferir no aumento da doença no Estado.

O governo de São Paulo e o Ministério Público são a favor da paralisação. FPF e clubes, pela continuação da disputa estadual.

Caso haja ime e o futebol continue paralisado em São Paulo, a FPF vai propor aos presidentes de clubes a possibilidade de jogar em outros estados, como Minas Gerais. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Calil, já itiu que abriria a cidade para os vizinhos paulistas. “Estamos jogando futebol em Belo Horizonte. Então, se quiser jogar aqui, pode”, disse.

Caso o Paulistão vá para outro Estado, alguns dos 16 clubes participantes vão precisar de ajuda financeira para bancar o deslocamento de avião e estadia em hotel ao menos por dois dias. Em 15 dias, o Estadual teria duas rodadas para jogar.