Economia

Vitória é a terceira capital com melhor índice de desenvolvimento do país

Capital capixaba alcançou 0.8200 no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal. Venda Nova do Imigrante é a primeira colocada entre as cidades do Estado, com índice 0.8470

Vista aérea da Baía de Vitória, destacando suas águas azul-turquesa e a paisagem urbana ao fundo
Vitória deixou para trás capitais como Campo Grande e Belo Horizonte no índice Firjan. Crédito: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

Vitória é a terceira capital com o melhor índice de desenvolvimento do país. A informação é do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) divulgado nesta quinta (8). A cidade capixaba alcançou índice 0.8200 e fica atrás apenas de Curitiba (0.8885) e São Paulo (0.8271). Campo Grande e Belo Horizonte completam as cinco primeiras posições. O levantamento é da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Embora esteja entre as melhores capitais, Vitória está apenas na 156ª posição em relação a todas as cidades do país. Venda Nova do Imigrante, na região Sul Serrana do Estado, é a cidade capixaba mais bem colocada. Nesse sentido, está na 51ª posição do país.

Os estados de São Paulo e do Paraná concentram as 10 cidades com o melhores índices de desenvolvimento do País. O estudo mapeou 5.550 municípios, número que abrange 99,96% da população brasileira.

O índice no ES

O levantamento aponta que 47,3% dessas cidades (2.625), onde vivem 57 milhões de pessoas, registram desenvolvimento socioeconômico baixo (2.376) ou crítico (249). Nesse sentido, entre elas estão 10 municípios do Espírito Santo: São José do Calçado, Mucurici, Ponto Belo, Apiacá, Água Doce do Norte, Mantenópolis, Mimoso o Sul, Santa Leopoldina, Divino de São Lourenço e a pior colocada, Ibitirama.

Apenas 4,6% (256) dos municípios alcançaram alto desenvolvimento, enquanto 48,1% (2.669) apresentam nível moderado. Nesse sentido, Os três municípios com melhor desempenho no índice geral são Águas de São Pedro (SP), São Caetano do Sul (SP) e Curitiba (PR). Porém, no Estado, apenas três cidades estão nesse patamar: Venda Nova do Imigrante, Vitória e Iconha.

Confira abaixo o ranking completo das cidades capixabas

Ranking NacionalRanking EstadualIFDMMunicípio
51º0.8470Venda Nova do Imigrante
156º0.8200Vitória
245º0.8018Iconha
265º0.7990Aracruz
272º0.7971Colatina
290º0.7943Linhares
398º0.7799Cachoeiro de Itapemirim
488º0.7716Anchieta
497º0.7704Domingos Martins
519º10º0.7672Marechal Floriano
661º11º0.7541São Gabriel da Palha
755º12º0.7469Serra
780º13º0.7449Atílio Vivácqua
788º14º0.7442Castelo
790º15º0.7441Vila Velha
826º16º0.7408Viana
896º17º0.7352Itarana
911º18º0.7339Santa Teresa
1004º19º0.7260Alegre
1025º20º0.7249João Neiva
1110º21º0.7186Alfredo Chaves
1118º22º0.7181Ibiraçu
1139º23º0.7162Marilândia
1168º24º0.7144Santa Maria de Jetibá
1195º25º0.7124São Roque do Canaã
1243º26º0.7091Nova Venécia
1278º27º0.7073Barra de São Francisco
1295º28º0.7061Sooretama
1355º29º0.7015Fundão
1424º30º0.6973Jaguaré
1534º31º0.6901Itaguaçu
1554º32º0.6885Baixo Guandu
1585º33º0.6860Pinheiros
1606º34º0.6849Presidente Kennedy
1643º35º0.6829São Mateus
1676º36º0.6809Guaçuí
1741º37º0.6772Montanha
1755º38º0.6765Guarapari
1762º39º0.6761Cariacica
1832º40º0.6718Vila Valério
1948º41º0.6644Conceição do Castelo
1957º42º0.6639Rio Bananal
2031º43º0.6584Jerônimo Monteiro
2071º44º0.6557Itapemirim
2072º45º0.6555Vargem Alta
2107º46º0.6530Afonso Cláudio
2123º47º0.6519Vila Pavão
2149º48º0.6502Águia Branca
2154º49º0.6497Ibatiba
2190º50º0.6474Governador Lindenberg
2220º51º0.6454Piúma
2239º52º0.6443Conceição da Barra
2296º53º0.6407Muniz Freire
2311º54º0.6393Bom Jesus do Norte
2361º55º0.6366Marataízes
2373º56º0.6361Brejetuba
2378º57º0.6356Alto Rio Novo
2381º58º0.6354Boa Esperança
2409º59º0.6336Laranja da Terra
2461º60º0.6300Pedro Canário
2509º61º0.6268Rio Novo do Sul
2579º62º0.6228São Domingos do Norte
2600º63º0.6217Ecoporanga
2628º64º0.6203Dores do Rio Preto
2717º65º0.6145Iúna
2735º66º0.6132Pancas
2831º67º0.6057Muqui
2900º68º0.6012Irupi
2942º69º0.5990São José do Calçado
2973º70º0.5969Mucurici
3018º71º0.5943Ponto Belo
3101º72º0.5887Apiacá
3154º73º0.5840Água Doce do Norte
3231º74º0.5800Mantenópolis
3355º75º0.5718Mimoso do Sul
3360º76º0.5715Santa Leopoldina
3922º77º0.5355Divino de São Lourenço
3944º78º0.5338Ibitirama

Veja abaixo o ranking das 10 cidades com os melhores indicadores do Brasil:

  1. Águas de São Pedro (SP) – 0,8932;
  2. São Caetano do Sul (SP) – 0,8882;
  3. Curitiba (PR) – 0,8855; 
  4. Maringá (PR) – 0,8814;
  5. Americana (SP) – 0,8813;
  6. Toledo (PR) – 0,8763; 
  7. Marechal Cândido Rondon (PR) – 0,8751; 
  8. São José do Rio Preto (SP) – 0,8750; 
  9. Francisco Beltrão (PR) – 0,8742; 
  10. Indaiatuba (SP) – 0,8723. 

Entenda o que é o IFDM

Criado em 2008, o IFDM utiliza três indicadores para determinar o quão um município é ou não desenvolvido: emprego e renda, saúde e educação.

O levantamento divulgado neste ano reflete a situação de 2023. Nesse sentido, a pontuação de cada um desses indicadores vai de 0,000 a 1. Ou seja, quanto mais próxima de 1, melhor a situação do município e vice-versa. Ou seja, quanto mais próxima de 0, pior.

A análise revelou que, apesar de 99% dos municípios terem apresentado avanço entre 2013 e 2023, a média brasileira ainda se situa no desenvolvimento moderado (0,6067 ponto). Apesar disso, o estudo revela uma queda expressiva (87,4%) no número de cidades classificadas com desenvolvimento crítico entre 2013 e 2023.

Todos os índices apresentaram melhora. Nesse sentido, o IFDM Educação foi o componente com maior crescimento no período (+52,1%), seguido por IFDM Saúde (+29,8%) e IFDM Emprego e renda (+12,1%). Do mesmo modo, esse desempenho levou a uma redução significativa (87,4%) no número de municípios com desenvolvimento crítico entre 2013 e 2023.

O que os indicadores medem?

Existe uma série de variáveis que são coletadas para a formação de cada um dos indicadores. No IFDM Emprego e Renda, por exemplo, uma das principais variáveis é a capacidade da cidade gerar emprego e renda; no IFDM Saúde, um dos principais termômetros é a cobertura vacinal; e, no IFDM Educação, o o à educação básica.