Economia

Setor farmacêutico preparou documento com propostas para novo governo

Entre os temas considerados centrais estão a qualidade do marco regulatório e segurança jurídica

Setor farmacêutico preparou documento com propostas para novo governo Setor farmacêutico preparou documento com propostas para novo governo Setor farmacêutico preparou documento com propostas para novo governo Setor farmacêutico preparou documento com propostas para novo governo
Setor farmacêutico preparou documento com propostas para novo governo
Foto: Divulgação

O setor farmacêutico, representado por entidades de diversos segmentos da cadeia produtiva, preparou um documento com as propostas para o novo presidente do Brasil, a ser conhecido após o segundo turno das eleições, marcado para 28 de outubro. Entre os temas considerados centrais estão a qualidade do marco regulatório e segurança jurídica.

No documento, a indústria farmacêutica destaca a necessidade de um órgão regulador (Anvisa) ágil e desburocratizado, garantindo segurança, eficácia e qualidade a partir de normas baseadas em análises de risco sanitário, com diretoria indicada segundo critérios técnicos estabelecidos em legislação específica.

Outro tema diz respeito à reestruturação do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) de forma a readequá-lo ao tamanho da demanda, com contratação de mão de obra e treinamento adequado, autonomia istrativa e financeira, redução e tratamento adequado do backlog.

O documento lista também a regulação de preços de medicamentos adequada à realidade brasileira incentivando a inovação e o maior o da população, incluindo a liberação de preços onde o mercado se auto regule pela competição.

No quesito Políticas de Estado, a indústria cita a continuidade e o aperfeiçoamento dos programas em curso, coordenados pelo Ministério da Saúde, destinados à produção de fármacos e medicamentos no Brasil e ao desenvolvimento de novos produtos e tecnologias.

O documento cita ainda a ampliação de o da população a medicamentos, com manutenção e ampliação dos programas públicos de fornecimento de medicamentos básicos de amplo o e dos de alta complexidade.

O setor defende ainda o alinhamento e aproximação das universidades com as empresas e os institutos, de forma coordenada com objetivos, prioridades e projetos de longo prazo, com implementação de um plano de ação orientado para mapeamento e clareza da demanda tecnológica por parte das empresas para as universidades.

A indústria farmacêutica pede ainda incentivo à inovação e ao investimento, com redução da carga tributária sobre medicamentos, viabilização e previsibilidade das fontes de financiamento para ações de pesquisa, desenvolvimento, inovação, investimentos no setor saúde e desburocratização dos processos nos órgãos de fomento. Outro ponto é o aperfeiçoamento das regras para realização de pesquisas clínicas com redução das instâncias envolvidas e prazos compatíveis com os padrões de excelência mundial.

Números

Segundo o documento, indústrias privadas nacionais, internacionais e laboratórios públicos instalados no País produzem hoje cerca de 70% dos medicamentos aqui consumidos. “Empregamos diretamente mais de 100 mil brasileiros, exportamos mais de US$ 1,3 bilhão por ano contribuindo para a redução do déficit da balança comercial e investimos em fábricas e centros de pesquisa e desenvolvimento por volta de R$ 20 bilhões nos últimos cinco anos”, destaca.

O setor afirma ainda que sempre dialogou e construiu soluções com o Estado brasileiro para enfrentar imensos desafios, como a erradicação de doenças por meio de produção local de vacinas, controle da epidemia de Aids, ampliação do o da população a genéricos de qualidade, produção de fármacos, de biotecnológicos e medicamentos inovadores.