Economia

Reformas em 2023 permitiram que taxas do Brasil descolassem das internacionais, afirma Galípolo

Reformas em 2023 permitiram que taxas do Brasil descolassem das internacionais, afirma Galípolo Reformas em 2023 permitiram que taxas do Brasil descolassem das internacionais, afirma Galípolo Reformas em 2023 permitiram que taxas do Brasil descolassem das internacionais, afirma Galípolo Reformas em 2023 permitiram que taxas do Brasil descolassem das internacionais, afirma Galípolo

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 9, que as decisões tomadas no início do ano, como a realização de reformas, permitiram que as taxas do Brasil descolassem das internacionais. “O cenário no primeiro semestre, a gente assiste a uma descorrelação entre a evolução das taxas de juros de médio e longo prazo no Brasil e as taxas de juros internacionais, em especial as norte-americanas”, afirmou, em reunião do Conselho Empresarial de Economia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda salientou que, mesmo antes de o Banco Central iniciar o seu ciclo de corte de juros, foi possível identificar que a curva de juros futura apresentou expectativas de queda.

Segundo ele, isso se deu por causa do ambiente de maior credibilidade, em função da apresentação – e depois aprovação – do arcabouço fiscal e da expectativa de uma maior eficiência do sistema tributário doméstico.

“Os senhores, mais do que ninguém, sabem que chamar o nosso sistema tributário de sistema é um elogio, pois ele não funciona como um sistema”, afirmou Galípolo. “Ele funciona de maneira caótica.” Por isso, de acordo com ele, melhorar o sistema aumentará a produtividade e deixará a indústria mais competitiva.

Explicação para a sociedade dos custos de cada decisão

O diretor de Política Monetária do Banco Central disse também que a equipe econômica deve explicar para a sociedade os custos de cada decisão que toma e, por isso, a comunicação é um tema fundamental. “O Ministério da Fazenda e o BC vêm tentando ser menos herméticos”, afirmou.

De acordo com ele, o uso de jargões da área quase “interdita o debate econômico de maneira mais republicana e democrática”. “Todo debate deve ser feito à luz do sol”, disse, salientando que é preciso explicar para a sociedade as implicações de cada escolha tomada pelo governo e os trade-offs existentes para que a sociedade tenha clareza sobre o caminho que deseja tomar.