Economia

Randolfe diz que votação da MP da subvenção deve ser concluída na semana do dia 18

Randolfe diz que votação da MP da subvenção deve ser concluída na semana do dia 18 Randolfe diz que votação da MP da subvenção deve ser concluída na semana do dia 18 Randolfe diz que votação da MP da subvenção deve ser concluída na semana do dia 18 Randolfe diz que votação da MP da subvenção deve ser concluída na semana do dia 18

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta quinta-feira, 7, que o relatório da medida provisória que trata da subvenção do ICMS deve ser apresentado na próxima terça-feira, 12, na comissão mista e votado na quarta-feira. A expectativa é de que a matéria vá aos plenários da Câmara e do Senado na semana do dia 18 de dezembro. Apesar do adiamento na apreciação da proposta, o parlamentar garantiu que o calendário é “exequível”.

“O ideal seria o calendário anterior, mas o novo calendário proposto é exequível e dá conta de apreciarmos e votarmos a medida provisória antes do ano acabar”, disse o líder, ao reforçar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já demonstrou compromisso em pautar a matéria no plenário na semana do dia 18.

Em meio ao ime político entre governo e Congresso, o presidente da comissão mista da subvenção do ICMS, senador Rogério Carvalho (PT-SE), adiou nesta quinta, mais uma vez, a sessão na qual seria apresentado o relatório elaborado pelo deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG).

De acordo com relatos de parlamentares, apesar das discussões pontuais no mérito do texto, o pano de fundo para o adiamento a pela insatisfação de deputados e senadores com o ritmo de execução das emendas parlamentares. A reclamação existe desde o começo do governo, mas voltou a ganhar força agora porque, com a proximidade do fim do ano, o prazo para os congressistas enviarem os recursos prometidos às bases eleitorais é mais curto.

Em relação ao mérito, um dos pontos que estavam em discussão era o desconto de 80%, sugerido pelo relator, nas transações tributárias envolvendo o estoque de benefícios que já foram abatidos pelas empresas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que concordou com o desconto. Há também um debate para que o crédito fiscal a ser recebido pelas empresas fique não apenas ao Imposto de Renda Sobre Pessoa Jurídica (IRPJ), como sugerido pela equipe econômica, mas também pela Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL).

A MP da subvenção limita a possibilidade de as empresas usarem benefícios fiscais recebidos pelos Estados para serem menos oneradas com tributos federais. Quando a despesa for usada para investimento, e não para custeio, as companhias receberão créditos fiscais referentes ao que foi pago de Imposto de Renda Sobre Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre as subvenções.

Também ficou pacificada a sugestão da Fazenda de incluir mudanças nos Juros Sobre Capital Próprio (J) no relatório da medida provisória. Para tentar avançar com algum nível de mudança no instrumento, a equipe econômica levou a parlamentares uma nova proposta, retirando a limitação da dedução a 50% do lucro tributável e o aumento de 15% para 20% na cobrança de Imposto de Renda sobre dividendos recebidos pelos acionistas.

A nova alternativa excluiria rubricas meramente contábeis da base de cálculo do J – montantes que são basicamente contas de patrimônio líquido que não representam aporte efetivo dos sócios, nem reinvestimento de lucros. Como só busca coibir o planejamento tributário, sem afetar a atividade das empresas que usam o mecanismo regularmente, a avaliação é de que o ajuste tem chance de sucesso.