Economia

Onyx defende portaria que proíbe demissão de funcionários por recusar vacina

Onyx defende portaria que proíbe demissão de funcionários por recusar vacina Onyx defende portaria que proíbe demissão de funcionários por recusar vacina Onyx defende portaria que proíbe demissão de funcionários por recusar vacina Onyx defende portaria que proíbe demissão de funcionários por recusar vacina

O ministro do Trabalho e da Previdência, Onyx Lorenzoni, criticou a ação de partidos no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a portaria assinada por ele que proíbe empresas de demitirem funcionários que se recusem a receber a vacina contra a covid-19. A norma tem sido contestada tanto por entidades patronais quanto por sindicatos que representam o trabalhador e é questionada no STF pela Rede Sustentabilidade e pelo Solidariedade.

“Hoje, o Solidariedade e a Força Sindical estão como Pôncio Pilatos: lavando as mãos e entregando o trabalhador para ser crucificado. A cruz do trabalhador é a demissão”, afirmou o ministro em entrevista à CNN Brasil. Ele disse também que as entidades sindicais estão se colocando ao lado dos patrões.

Onyx voltou a defender a portaria ao argumentar não haver justa causa para demitir ou evitar a contratação de funcionários que evitem se vacinar. Segundo ele, a medida tem o “poder de proteger o trabalhador contra medidas arbitrárias”.

“O que eu estou dizendo é que estamos defendendo é que não há justa-causa para demitir quem não tomou a vacina […] Não há em nenhuma lei escrita que carteira de vacinação dá condição de demissão de uma pessoa ou impede o o ao mercado de trabalho. O que está sendo feito é uma distorção do direito coletivo, tentando evitar que as pessoas tenham o direito constitucional da livre-escolha respeitado pela Constituição”, disse o ministro.

Em dezembro do ano ado, o STF autorizou a aplicação de medidas restritivas para quem se recusar a se vacinar contra a covid-19. A decisão estabelece que a imunização obrigatória não significa, no entanto, a vacinação forçada da população, que não pode ser coagida a se vacinar.

Onyx também negou que a portaria seja um incentivo do governo para que as pessoas não se vacinem, em um contexto no qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem histórico de declarações públicas questionando a eficácia e a segurança dos imunizantes – o próprio chefe do Executivo se nega a tomar a vacina. Para o ministro, as empresas precisam oferecer alternativas ao funcionário que resolva não se imunizar.

“Se quisermos um ambiente seguro para trabalhar, ou a pessoa opta pela vacinação ou a pessoa terá que fazer teste duas vezes na semana para trabalhar seis dias. A empresa fornece os testes, os testes hoje são muito baratos”, defendeu.