Economia

Mesmo com aperto monetário mais rápido, percepção de risco fiscal não piorou

Mesmo com aperto monetário mais rápido, percepção de risco fiscal não piorou Mesmo com aperto monetário mais rápido, percepção de risco fiscal não piorou Mesmo com aperto monetário mais rápido, percepção de risco fiscal não piorou Mesmo com aperto monetário mais rápido, percepção de risco fiscal não piorou

O Tesouro Nacional destacou nesta quinta-feira que a adoção de um protocolo fiscal para manter como temporárias as despesas de combate à covid-19 assegurou ao Brasil uma melhora do ambiente econômico, ao ponto de evitar uma piora na percepção de risco fiscal mesmo com o início do ciclo de alta dos juros básicos, a Selic, no mês de março. Boa parte da dívida pública brasileira é atrelada à Selic, por isso um aumento eleva automaticamente o custo do endividamento do País.

“A percepção de um ambiente econômico mais robusto do que o inicialmente projetado, a viabilização de ações de combate à pandemia que não comprometem o instrumental de controle das finanças públicas, e o fortalecimento do arcabouço fiscal por meio da Emenda Constitucional Nº 109 de 2021 (Novo Marco Fiscal), promoveram efeitos positivos sobre as chamadas condições financeiras. Observa-se que, mesmo com um início mais rápido do ciclo de aperto monetário, não houve piora da percepção dos riscos fiscais”, diz o Tesouro em sumário executivo que acompanha a divulgação do resultado primário de abril.

Desde a primeira elevação de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), segundo o Tesouro, o Credit Default Swap de 5 anos do Brasil, uma medida da percepção de risco dos investidores em relação ao País, caiu cerca de 20 pontos-base, ainda que fatores externos também tenham contribuído para esta redução.

Segundo o órgão, a confiança dos agentes econômicos e a melhora das condições financeiras (refletida nas taxas de juros de longo prazo) “permitem a retomada da economia brasileira após o forte choque negativo provocado pela pandemia de covid-19”.

“A manutenção desta recuperação requer a continuidade do protocolo adotado pela política fiscal em 2020 e em 2021, com as medidas emergenciais sendo tratadas como exceções por meio de cláusulas de escape das regras fiscais e as despesas permanentes respeitando as regras fiscais compatíveis com o período de normalidade”, frisou o Tesouro.

Segundo o órgão, essa estratégia garantiu o controle das expectativas sobre a solvência das contas públicas brasileiras em um momento de “muita turbulência”. “A consolidação fiscal e a confiança dos agentes econômicos são fundamentais para manter a recuperação econômica em curso e para construir as condições necessárias para uma economia vigorosa no período pós-pandemia”, disse.