Economia

Mais de 250 agências fechadas no Espírito Santo no primeiro dia de greve

Paralisação não influenciará o funcionamento de caixas eletrônicos, pois empresas de segurança responsáveis pelo abastecimento de dinheiro trabalharão normalmente

Mais de 250 agências fechadas no Espírito Santo no primeiro dia de greve Mais de 250 agências fechadas no Espírito Santo no primeiro dia de greve Mais de 250 agências fechadas no Espírito Santo no primeiro dia de greve Mais de 250 agências fechadas no Espírito Santo no primeiro dia de greve
Conforme orientação definida na última segunda-feira (05), os bancários não influenciarão no funcionamento dos caixas eletrônicos Foto: Divulgação

Nesta terça-feira (06), primeiro dia da greve dos bancários, 255 agências no Estado ficaram fechadas. Segundo o balanço do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, 164 delas estão localizadas na Grande Vitória e 91 do interior. Também não funcionaram três departamentos da Caixa e três prédios: Bandes, Centro de Processamento de Dados do Banestes (D) e PIO XII, do Banco do Brasil.

“A greve começou forte. A expectativa é que com o ar do tempo um número maior de agências feche, pois é o que vem acontecendo historicamente durante a greve da categoria”, diz o coordenador do Sindibancários/ES, Jonas Freire.

Conforme orientação definida na última segunda-feira (05), os bancários não influenciarão no funcionamento dos caixas eletrônicos. De acordo com a assessoria jurídica do Sindicato das Empresas de Segurança Particular (Sindiesp/ES), o abastecimento dos autoatendimentos em todo Estado será normal.

Entenda a paralisação

A decisão de entrar em greve foi tomada em assembleia geral da categoria no dia 01 de setembro. Depois de quatro rodadas de negociação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não atendeu às reivindicações da categoria, apresentando proposta de 6,5% de reajuste para salários, PLR, auxílios refeição, alimentação e creche, mais abono de R$ 3 mil. 

A proposta não contempla as reivindicações de emprego, igualdade de oportunidades, saúde e condições de trabalho, e não repõe sequer a inflação do período, projetada para 9,57% (em agosto). O índice representaria perda de 2,8% nos salários da categoria.

Principais reivindicações dos bancários:

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).