Economia

Lula pediu reuniões prévias preparatórias antes de anunciar arcabouço, diz Haddad

Segundo o ministro, o anúncio do projeto de lei complementar para o público ocorrerá ainda nesta semana

Lula pediu reuniões prévias preparatórias antes de anunciar arcabouço, diz Haddad Lula pediu reuniões prévias preparatórias antes de anunciar arcabouço, diz Haddad Lula pediu reuniões prévias preparatórias antes de anunciar arcabouço, diz Haddad Lula pediu reuniões prévias preparatórias antes de anunciar arcabouço, diz Haddad
Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 20, que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu que ele faça reuniões com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de economistas, antes de apresentar oficialmente a proposta de novo arcabouço fiscal do País. 

Segundo o ministro, o anúncio do projeto de lei complementar para o público ocorrerá ainda nesta semana, mas o envio ao Congresso pode levar mais tempo, já que o limite seria o envio da Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 – até 15 de abril.

“O presidente Lula orientou que, antes do anúncio oficial, fossem feitas algumas conversas importantes com os presidentes das duas casas, os líderes do governo e alguns economistas que não fossem do mercado, para evitar algum tipo de contágio, informação privilegiada, essas coisas que temos que resguardar”, afirmou o ministro da Fazenda. “Vamos agendar essas reuniões, que devem acontecer entre hoje e amanhã”, completou.

Haddad não se comprometeu a apresentar o arcabouço antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na terça e na quarta-feira, 22.

Ele aproveitou, contudo, para criticar novamente o patamar dos juros, que na avaliação da equipe econômica tem desacelerado a atividade. 

“O Copom tem sua dinâmica. Não vamos atropelar o processo de conversa porque é preciso sair um projeto sóbrio. Não vai ser o açodamento que vai nos levar a isso. Já antecipei de agosto para meados de março”, completou. “Vamos torcer para que saia ainda esta semana, antes da viagem presidencial à China”, repetiu.

O ministro disse que não trabalha com vazamentos e disse lamentar que alguns companheiros de governo não sigam essa orientação de Lula. 

“Tinha muita preocupação que vazassem coisas antes do presidente tomar conhecimento, e felizmente conseguimos que ele fosse o primeiro a conhecer antes de começarem os vazamentos que são típicos nesse tipo de projeto”, acrescentou.

Haddad ainda se esquivou das críticas de colegas da Esplanada que reclamam que o arcabouço não teria sido discutido com a ala política do governo. “Não vejo essa divisão no governo entre ala política e econômica. Fui candidato à Presidência pelo PT, então sou de que ala? Não faz sentido esse tipo de divisão. Toda divisão é técnica e política, e por isso é o presidente Lula que dá a última palavra. Temos que levar os subsídios para ele tomar uma decisão que contemple seus compromissos históricos, de campanha, e a sustentabilidade do País”, concluiu.