Economia

Indicador de incerteza na economia cai para 143,8 pontos em outubro, diz FGV

Indicador de incerteza na economia cai para 143,8 pontos em outubro, diz FGV Indicador de incerteza na economia cai para 143,8 pontos em outubro, diz FGV Indicador de incerteza na economia cai para 143,8 pontos em outubro, diz FGV Indicador de incerteza na economia cai para 143,8 pontos em outubro, diz FGV
Foto: Divulgação

O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 2,0 pontos na agem de setembro para outubro, para 143,8 pontos, divulgou nesta sexta-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Embora essa tenha sido a oitava queda consecutiva do índice, ele ainda permanece 29 pontos acima do nível de fevereiro, último mês anterior à quarentena, e 7,0 pontos acima do nível máximo anterior à pandemia, alcançado em setembro de 2015

O IIE-Br é composto pelo o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA e mede a capacidade de se prever cenários para os próximos 12 meses.

Os dois componentes caminharam em direções opostas em outubro. O componente de Mídia recuou 4,0 pontos, para 126,0 pontos, contribuindo negativamente em 3,5 pontos para a queda do indicador geral no mês. Já o componente de Expectativas contribuiu positivamente em 1,5 ponto para o comportamento do IIE-Br, ao subir 4,3 pontos, para 194,3 pontos.

“O componente de Expectativas reflete as incertezas quanto ao ritmo possível de recuperação da economia frente a possibilidade de novas ondas (da covid-19), o cenário fiscal, o sinal amarelo da inflação, agora mais espalhada entre os produtos e a difícil capacidade de previsão do câmbio e da taxa de juros”, avaliou a economista da FGV IBRE Anna Carolina Gouveia, em nota oficial.

Segundo a FGV, a manutenção do componente de expectativas acima dos 190 pontos por mais de 6 meses é um fato inédito. Antes disso, o indicador ficou acima desse patamar por dois meses no final de 2002, em resposta às incertezas em torno da política econômica a ser adotada pelo recém-eleito presidente Lula.

“Naquele período de grande incerteza econômica, a média do componente de expectativas foi de 163 pontos. No momento atual, o cenário econômico deteriorado por uma pandemia altamente instável e grave intensifica ainda mais a capacidade de se prever cenários, mantendo o indicador de expectativas com uma média de 206 pontos entre março e outubro”, destacou a economista.