Economia

Emergentes temem protecionismo por conta de meio ambiente, diz OMC

Emergentes temem protecionismo por conta de meio ambiente, diz OMC Emergentes temem protecionismo por conta de meio ambiente, diz OMC Emergentes temem protecionismo por conta de meio ambiente, diz OMC Emergentes temem protecionismo por conta de meio ambiente, diz OMC

Às vésperas da Conferência Interministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), a diretora-geral do órgão, Ngozi Okonjo-Iweala, reconheceu a preocupação entre os países emergentes em relação a eventuais barreiras comerciais a seus produtos por conta de questões ambientais.

“Os países temem que, sob a perspectiva comercial, possa haver a adoção de medidas que restrinjam o o ao mercado, resultando em protecionismo”, afirmou ela em entrevista coletiva da qual o Estadão participou. “Estamos tentando trabalhar de modo que os países em desenvolvimento possam participar e ter uma voz na nossa abordagem de comércio, clima e meio ambiente.”

Na semana ada, a União Europeia anunciou que estuda restrições à importação de produtos provenientes de territórios desmatados – tema que deve aparecer nos debates da conferência da OMC que começa na próxima terça-feira em Genebra. O encontro bianual deveria ter ocorrido em junho de 2020 no Casaquistão, mas teve a data e a sede alterados por causa da pandemia.

A redução – ou até eliminação – de subsídios a combustíveis fósseis e os regimes de preço de carbono também devem estar nas mesas de discussão.

o a vacinas

A diretora-geral da OMC ressaltou, porém, que chegar a uma resposta contra a covid-19 será ainda o ponto mais importante da conferência. Okonjo-Iweala destacou que nem as vias informais estão funcionando para que avancem as negociações para suspender os direitos de propriedade intelectual das vacinas contra a doença. “O caminho formal está parado. Tentamos coisas de maneira informal, mas as conversas também pararam”, disse.

A quebra das patentes dos imunizantes foi sugerida por Índia e África do Sul na OMC e recebeu o apoio dos EUA, mas foi rejeitada por países europeus. O Brasil era contra a proposta, mas busca agora um acordo “consensual”.

“Esperamos que os ministros apresentem uma resposta à pandemia que inclua um meio-termo sobre propriedade intelectual”, disse Okonjo-Iweala. Segundo ela, a OMC tem trabalhado para que a fabricação das vacinas ocorra em localidades diversas, o que pode favorecer o o de países pobres ao imunizante, e também para aumentar a transparência nos contratos e doações de vacinas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.